quinta-feira, 5 de maio de 2011

Forja Comunitária

Forja Comunitária de Quintanilha
A forja era uma oficina do povo onde, de acordo com regulamento próprio, se afiavam os picos e facas e se faziam e consertavam as ferramentas e outros utensílios metálicos, alguns com configuração e motivos decorativos que merecem lugar de destaque no acervo artesanal que caracteriza Trás-os-Montes - espelhos e dobradiças, trasfogueiros, braseiras e grades.
Instalava-se numa casa térrea, geralmente de pequena dimensão. Tinha no interior um maciço de pedra onde se colocavam as brasas de azinho e sobro - fornalha - e sobre ela uma pedra vertical com um buraco onde passava o bico do fole, construído em madeira e couro, de grande dimensão a accionado por uma alavanca manual.
Próximo da fornalha estava o cepo com a bigorna, também designada cavalete ou çafra, onde o malho moldava o ferro e junto, a pia com água para o temperar. E a monte, algumas formas de pedra para moldar calotes e diversas ferramentas para forjar o ferro - calcadores, talhadeiras, ponteiros, tenazes, etc..
Existiram forjas comunitárias em muitas aldeias da TFT (Quintanilha, Carrazeda, Pinheiro Velho, Rio de Onor, Moimenta, Cova da Lua, Vila Chã de Braciosa, etc), conservando-se ainda algumas, como referência cultural, embora inactivas, nos Centros Rurais do Parque Natural de Montezinho, ou integrando mesmo um Museu Etnográfico de expressão local, como é o caso da Forja de Quintanilha.
in:rotaterrafria.com

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