sexta-feira, 1 de julho de 2011

Censos 2011 - Mundo rural continua a perder população

Numa década a população portuguesa aumentou 1,9%. Um crescimento em algumas zonas do litoral que, por seu turno, é acompanhado por um decréscimo em todo o interior. Perderam, também, as grandes cidades para as áreas metropolitanas. São alguns dos dados preliminares dos Censos 2011.
Conta certa, o nosso país tem 10.555.853 habitantes. Este é o valor apurado nos dados preliminares da operação Censos 2011, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE). No espaço de uma década (desde os Censos 2001) a população portuguesa aumentou 1,9% (mais 199.736 mil residentes).
Um aumento que se traduz num desequilíbrio entre o litoral e o interior. Ou seja, as taxas mais elevadas de crescimento encontram-se no litoral e, aí, nas áreas metropolitanas da capital e do Porto, assim como no Algarve e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira. Um aumento da população no litoral que, no entanto não é extensível a toda a região costeira. No Baixo Mondengo, Minho-Lima e Alentejo Litoral o número de pessoas diminuiu. O decréscimo é transversal a todas as zonas do interior de Portugal continental.
Em termos percentuais, concentrando o foco nos grandes centros, a cidade de Lisboa sofreu uma quebra de população na casa dos 3,4%. No Porto a descida foi superior, 9,7%. Um decréscimo nas duas maiores cidades acompanhado por um «engrossar» de população em diversos concelhos das áreas metropolitanas. De salientar, entre os concelhos com um crescimento maior os de Mafra (41%), Alcochete (35%), Montijo (31%), Sesimbra (31%) e Cascais (20%). Registe-se que cerca de 35% da população reside na região Norte, 27% na Região de Lisboa, 22% na Região Centro.
O distrito de Lisboa, com 2.244.984 habitantes, é o mais populoso, correspondendo a 21,26% do total, ou seja mais de um em cada cinco residentes no País residem no distrito da capital.
Seguem-se o distrito do Porto, com 1.816.045 habitantes, Setúbal (849.842) e Braga (848.444). Os quatro distritos mais populosos, somados, representam 54,56% do total de residentes.
No computo geral, o crescimento populacional em Portugal deveu-se, sobretudo, à imigração. O saldo migratório (contabilizado entre os que entraram e saíram do país) traduz-se em mais 182 mil habitantes. Por seu turno o saldo natural (entre nascimentos e mortes) traduziu-se em mais 17.600 habitantes.
Em Portugal, de acordo com os Censos 2011, residem 4.079.577 famílias.
O relatório do Instituto revela que existiu um aumento de 12% no número de famílias. No entanto, o número médio de pessoas por família desceu para os 2,6.
Do total da população, 47,86% são elementos do sexo masculino, enquanto 52,14% do sexo feminino.
Recorde-se que o XV Recenseamento Geral da População e o V Geral da Habitação foram realizados pelo INE com a colaboração das autarquias locais. Os resultados referiam-se ao dia 21 de Março de 2011. Os trabalhos de campo, de acordo com o INE, decorreram entre 7 de Março e 24 de Abril. O encerramento de toda a actividade de verificação e controlo a nível local ficou concluída no final do mês de Maio deste ano.
O INE disponibiliza na sua página on-line uma ferramenta interactiva onde pode acompanhar todos os dados já apurados. Os resultados definitivos só serão publicados no final de 2012.


in:cafeportugal.net

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