segunda-feira, 1 de junho de 2015

Linho - da Arranca ao Estender

O linho era semeado em terras de regadio abundante ou húmidas, pois o linho é uma planta que tem que ter bastante humidade para se desenvolver e crescer convenientemente. A qualidade do linho depende do seu desenvolvimento, quanto mais ele for regado mais ele se desenvolve aumentando assim a sua qualidade.
Quando maduro era atado em molhos para ser conduzido à eira. Aí era ripado para lhe separar as sementes. Depois de separado das sementes, era novamente atado em molhos e lançado à água nos ribeiros e regatos, para apodrecimento da casca exterior.
Ao fim de três semanas de molho, era retirado do água e estendido nas lameiras a secar ao sol. Depois era novamente conduzido à eira, para libertar os fios internos da casca exterior, à força de pancadas com o maço. Depois de maçado, o linho era espadado e sedado a fim de separar a estopa do linho.
Depois a estopa e o linho eram fiados na roca e no fuso que mãos ageis manobravam habilmente. Fiar a estopa era um trabalho difícil por ser uma fibra mais grosseira e áspera. Acabada a fiação, procedia-se ao arranjo das meadas com o auxilio do sarilho, onde se enrolava os fios das maçarocas, à medida que ele rodava.
Terminada esta tarefa, estendiam-se as meadas nas lameiras a corar. depois de coradas, metiam-se numa barrela, feita num grande cortiço, envolvidas em água quente e cinza. Tiradas da barrela, as meadas eram lavadas e estendidas novamente a corar.
Depois de tecido o linho era novamente lavado e corado.
Só depois de todos estes trabalhos, é que o tecido de linho ficava pronto para confecção de lençóis, toalhas de rosto e de mesa, camisas, ceroulas etc. Com a estopa procedia-se de igual modo e tinha quase a mesma utilização que o linho.

Sem comentários:

Enviar um comentário