segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

População de Alfândega da Fé visita obras da barragem do Baixo Sabor

As obras da barragem do Baixo Sabor estão a gerar grande curiosidade na população mas também por parte de técnicos na área. Por isso, nos últimos tempos a EDP tem organizado diversas visitas ao local. Este sábado foi a vez de um grupo oriundo de Alfândega da Fé.
A EDP não encara estas iniciativas como uma vertente turística do empreendimento hidroeléctrico, mas antes uma forma de dar a conhecer à população esta nova realidade.
No entanto, segundo o director de projecto, estas visitas têm sido solicitadas por diversos técnicos da área.
 “Há muita curiosidade e nós entendemos que tem todo o sentido que as pessoas que são daqui da região conheçam o andamento da barragem porque dentro de dois anos e meio teremos aqui uma albufeira com uma nova realidade que convém ir mostrando” refere Lopes dos Santos, acrescentando que “temos tido muitas visitas de instituições ligadas ao ensino superior nomeadamente universidades e cursos de engenharia, pelo interesse que a obra lhes merece, e organizações profissionais como é o caso da ordem dos engenheiros. Estas são visitas mais técnicas”.
Depois do sucesso da primeira edição, em Novembro, a câmara de Alfândega da Fé e a EDP decidiram organizar uma segunda visita às obras. 
Mais 40 pessoas tiveram oportunidade de ver os trabalhos que decorrem no escalão de montante do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor onde está a ser construída uma segunda barragem, para além daquela que é mais visível e que se situa perto de Torre de Moncorvo.
 Apesar de ser mais pequena, esta segunda barragem é a segunda mais alta do país.
Facto que impressionou a população de Alfândega que se inscreveu nesta visita.
 “É uma grande obra, só é pena não ter sido feita há 50 anos para desenvolver a nossa região” refere Luís Pinheiro. “Há pessoas que são contra mas eu sou a favor da obra porque nós temos de andar para a frente, não é para trás” acrescenta. Já Teresa Martins, diz que foi a esta visita “porque já vim mais vezes no início quando começou, tenho acompanhado a evolução da obra, mas devia ter sido feita há 20 ou 30 anos porque era bom aqui para a zona”.
Aspectos técnicos da obra, operação de logística montada em redor da empreitada, prazos, produção de energia e impacto na região, foram as principais curiosidades manifestadas pelos visitantes.
 Mas Arménio Ribeiro, um engenheiro ambiental vindo de Vila Real para esta visita, salienta outros aspectos.
“Claro que tem os seus impactos ambientais nomeadamente na submersão do território, mas a verdade é que ele já está demasiado despovoado. A população terá agora de criar oportunidades para potencializar a barragem nomeadamente ao nível do turismo” refere, salientando que se deve também “reivindicar uma questão que já é histórica para os transmontanos que é a auto-suficiência energética e começar a dizer ao litoral do país que a região não é devedora”.
 Para a construção desta barragem vão ser depositados 700 mil metros cúbicos de betão.
O aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor deverá começar a encher no primeiro semestre de 2013 e vai inundar três hectares de terrenos.
Lopes dos Santos explica que “neste momento estamos a construir a barragem propriamente dita e a central hidroeléctrica. Concluímos as escavações e estamos agora a fazer revestimentos em betão para, em breve, iniciarmos a montagem dos equipamentos geradores”. A EDP conta ter a central concluída “no início de 2014 para que no terceiro trimestre comece a produzir energia para a rede” acrescenta.
Escrito por Brigantia

in:brigantia.pt

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