sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tractorista de Carrazeda intimado a pagar portagens em Matosinhos

Um agricultor de Carrazeda de Ansiães foi notificado pela empresa Via Livre para pagar portagem por ter passado com o seu tractor na Auto-Estrada 28 (A28), na zona de Angeiras (Matosinhos). Mas diz que a máquina nunca trilhou outros caminhos que não fossem os do concelho onde vive e recusa-se a pagar.  
A história começa em Janeiro deste ano. Jorge Raimundo recebe em casa a notificação da Via Livre para pagar 1,60 euros de portagem, acrescidos de custos administrativos:

“Apareceu-me uma carta em casa para pagar a multa do tractor. Veio outra carta já a ameaçarem com o tribunal. É incrível uma coisa destas. O tractor nunca saiu daqui. O carro que lá deve estar a passar deve ter as minhas matrículas.”
Jorge Raimundo, 67 anos, fez a reclamação e, passado meio ano, recebeu resposta da Via Livre a dizer que o processo não estava correcto e fora declarado sem efeito.
Eis quando, no dia nove deste mês, recebe uma carta registada com aviso de recepção, dando-lhe conhecimento dos factos que lhe são imputados no auto de notícia e que mereceram contra-ordenação a título de “negligência”, por ter passado na dita portagem sem pagar, no dia 12 de Novembro de 2010, às 23.34 horas.
Na missiva diz ainda que dispõe de 15 dias úteis para pagar 17,91 euros, valor que inclui 1,60 euros de portagem, 3,81 de custos administrativos e 12,50 correspondentes a metade da coima. Se não cumprir o prazo, o valor a pagar é agravado para 30,41 euros. Novo incumprimento e o processo segue para execução.

Jorge Raimundo recusa-se, no entanto, a pagar:
“Já reclamei mais de quantas vezes e não se resolve nada. Mas eu não pago. Vamos para tribunal e depois a justiça que venha ver qual a matrícula que passa lá.”
Jorge Raimundo revoltado com o facto da empresa Via Livre lhe estar a pedir para pagar uma portagem por circular com o seu tractor agrícola na A28, na zona de Matosinhos.

A utilização fraudulenta da mesma matrícula por outra viatura é a explicação mais plausível para esta situação caricata.

Escrito por CIR
in:brigantia.pt

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