quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Diocese de Bragança-Miranda // Professores de EMRC são agentes pastorais privilegiados

Formação pretende melhorar a qualidade do serviço destes profissionais, com vista a aumentar o número de alunos da disciplina e a levar esses alunos ao encontro dos valores da Igreja
Os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) são agentes pastorais com grande responsabilidade que devem cultivar junto dos seus alunos uma pastoral vocacional, levando as crianças e jovens a descobrir o seu lugar na Igreja e no mundo. Esta constituiu uma das ideias fundamentais que D. José Cordeiro, Bispo da diocese de Bragança-Miranda, procurou transmitir aos professores da disciplina, na abertura de uma formação, designada “Os recursos digitais ao serviço da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica”, destinada a estes docentes, no passado dia 13. Esta acção está a ser ministrada em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa. “Aquilo que eu procurei transmitir é de que eles se sintam agentes pastorais com a maior responsabilidade nesta diocese e se sintam, sobretudo, envolvidos em toda acção da Igreja e não apenas no cumprimento dos seus planos, dos seus programas”, explicou ao Mensageiro de Bragança o Bispo diocesano. A formação, com duração de 25 horas, promovida pelo Secretariado do Ensino de EMRC, tem como objectivos qualificar o trabalho destes docentes, de modo a conseguirem captar mais alunos para a disciplina e, sobretudo, a conseguirem que cada um desses alunos encontre a sua vocação, ou seja “descubra o seu lugar na Igreja e no mundo”, referiu D. José Cordeiro. Para tal, os docentes, não devem limitar-se “ao mero profissionalismo, mas ao cultivo dos valores e, sobretudo, a uma cultura vocacional que queremos imprimir em toda a diocese”, sublinhou o Bispo diocesano. Na abertura da formação, o P. José Carlos Martins, director do Secretariado, referiu um dos objectivos a ter em conta é uma aposta na captação de alunos do 1º Ciclo para a disciplina. O Secretariado pretende também sensibilizar os encarregados de educação para uma educação integral e a direcção das escolas para esta disciplina. Se, em algumas escolas, os dirigentes são sensíveis à inclusão da Educação Moral e Religiosa Católica em outras escolas são pouco sensíveis à lei que diz que a disciplina é de oferta obrigatória, que deve ser tratada como outra qualquer das que integram o currículo e não ser posta nas pontas dos horários, embora seja de frequência facultativa. Por essa razão, o P. José Carlos Martins apelou aos professores a que, junto das direcções das escolas, bem como dos encarregados de educação, promovam a necessária sensibilização. E, como “toda a pastoral é vocacional”, em sentido lato, as escolas são também lugares privilegiados para se poder desenvolver uma vocação específica, a vocação sacerdotal. Por esse motivo, a abertura da formação contou com a presença do P. Rufino Xavier, reitor do Seminário de S. José, em Bragança, que procurou transmitir aos professores as várias iniciativas desenvolvidas a nível do chamado pré-seminário, cujo objectivo é encontrar possíveis interessados em ingressarem no Seminário, ou seguirem uma vocação sacerdotal. Os professores foram convidados a desenvolver iniciativas de visita ao Seminário, de modo a que os seus alunos conheçam aquele espaço. A nível do pré-seminário, e com a colaboração dos professores de EMRC, os responsáveis do Seminário marcam já presença nas escolas, realizando diversas acções de divulgação, de modo a que a todos os possíveis interessados possam receber a proposta que lhes é feita.

Instituto Diocesano irá permitir qualificar docentes de EMRC Com vista a preparar a possível alteração legislativa que se afigura, de que apenas os professores com licenciatura em Teologia e Ciências Religiosas poderão ser docentes de EMRC, começará a funcionar, a partir de Setembro, o Instituto Diocesano de Estudos Pastorais. Nesta entidade, os professores que não têm a licenciatura referida poderão obter a qualificação requerida pelo Ministério da Educação. Deste modo, podem continuar a leccionar as suas aulas. Contudo, o objectivo da diocese vai além de proporcionar a devida credenciação aos docentes sem formação superior a nível da Teologia e Ciências Religiosas. Segundo D. José Cordeiro, com este Instituto pretende-se criar “também esta cultura da formação permanente”; uma formação que “não é simplesmente formação intelectual, mas é humana, espiritual, é pastoral, no verdadeiro sentido do termo”, sublinhou o Bispo diocesano.

Por: Ana Preto
in:mdb.pt

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