terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Miguel Torga morreu há 12 anos - Há doze anos, Miguel Torga partilhava as manchetes dos jornais com o grande terramoto de Kobe, no Japão, pelas piores razões.

A morte, que o romancista e poeta descreveu um dia como "grande reconciliadora", chegou-lhe a 17 de Janeiro de 1995. Foi o "regresso à terra", como descreveu na altura o jornalista Pedro Garcias, do PÚBLICO — o regresso à aldeia transmontana de São Martinho de Anta, onde foi sepultado junto da família. A efeméride, que se celebra hoje, serve também para o arranque das comemorações do centenário do nascimento de Torga, que nasceu em 1907.
As celebrações do centenário arrancam hoje à noite, na Escola Secundária Miguel Torga, em Bragança. O deputado e também poeta Manuel Alegre é o convidado para a sessão de abertura, mas as comemorações vão estender-se a todo o país, com conferências, exposições, espectáculos de música, teatro e cinema. O Nobel da Literatura José Saramago e a pintora Graça Morais, também transmontana, são alguns dos nomes já agendados para fazer parte dos eventos.
O programa, coordenado pela Delegação Regional da Cultura do Norte, termina no dia 14 de Dezembro com o lançamento do DVD "A terra antes do céu", realizado por João Botelho. Um dos pontos altos do programa é a exposição itinerante sobre a vida e a obra de Miguel Torga a inaugurar em Maio em Vila Real e que será depois apresentada na Biblioteca Nacional, em Lisboa, e noutras localidades.
Miguel Torga, pseudónimo literário do médico Adolfo Correia da Rocha, nasceu no dia 12 de Agosto de 1907 em S. Martinho de Anta, Trás-os-Montes, e morreu em Coimbra no dia 17 de Janeiro de 1995. É autor de mais de três dezenas de títulos de poesia, ficção e teatro, entre os quais "Bichos" e "Novos Contos da Montanha". Foi o primeiro vencedor do Prémio Camões, o mais importante galardão literário da lusofonia.

in:publico.pt

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