quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Transmontanos dividem-se quanto ao acordo de Concertação Social

“Não está bem e não é justo”, dizem uns. Outros recusam-se até a falar acerca das novas medidas acordadas entre parceiros sociais e Governo. Os transmontanos não vêem a luz ao fundo do túnel em relação às contas do país. Há mesmo quem diga que só se pode esperar o pior.
As medidas são duras para quem trabalha, favorecem a exploração por parte dos empregadores e ainda possibilitam despedimentos mais rápidos.
Mas, pelo meio, há também quem encontre aspectos positivos. Com o acordo da concertação social vem, entre muitos outros aspetos, a redução do número de férias, a eliminação de quatro feriados, novas regras para os despedimentos e indeminizações mais baixas.Fomos à rua saber o que pensam os transmontanos acerca desta medida.Na generalidade, pensam que a tendência é o país piorar, mesmo com as medidas que foram acordadas no início da semana. “Não é justo”, diz uma transeunte, que acredita que “isto vai para pior”.
Mas outra transmontana, mais velha, concorda com as penalizações nas faltas em feriados, pontes, sextas e segundas-feiras. “Sabe porquê? Porque ao domingo iam-se para os fados e à segunda ficavam-se a dormir”, diz.O único corte, ou neste caso penalização, que parece receber um pouco de aval da população diz respeito às pontes.
As empresas podem encerrar os seus serviços, total ou parcialmente, nos dias de ‘ponte' e descontar esse dia nas férias dos trabalhadores ou, em alternativa, exigir-lhes compensação futura.Além desta medida serão reduzidos três dias de férias a todos os portugueses e as horas extra, além de verem reduzida a percentagem de pagamento, ainda será criada uma bolsa de horas.A situação dos cortes assusta a opinião pública, até mesmo do outro lado da fronteira. “Cada vez estamos pior, até em Espanha.
Mas aqui em Portugal, está cada vez pior”, diz uma cidadã espanhola que veio visitar a região. Lay-off' mais flexível, corte nas indemnizações, falta injustificada entre fim-de-semana e feriado implica perda de quatro dias de remuneração, banco de horas pode originar 150 horas extra, inadaptação exige 30 dias para mudar e empresas definem critérios para extinção são mais algumas das novas medidas que vão surgir já em 2012.

Escrito por CIR
in:brigantia.pt

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