sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hortas sociais distribuídas foram distribuídas a 28 famílias em Mirandela

A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais e a Câmara de Mirandela entregaram, esta quinta-feira, 30 talhões destinados a hortas sociais.
Estes cerca de cinco mil metros quadrados de terrenos agrícolas vão dar um contributo ao orçamento de dezenas de famílias da região, a maior parte afectadas pelo desemprego. São 28 as famílias a quem foram entregues hortas sociais naquela que já foi a zona de maior produção hortícola de Mirandela e que agora promete a subsistência e algum rendimento a novos agricultores.
“Um pouquinho de tudo: batata, alface, feijão cebola…evidentemente que não vou gastar tanto dinheiro”, referiu Armando Pereira, desempregado.”“Tenho dois filhos pequenos e é uma ajuda muito grande em questão de alimentação. Além dos custos elevados com a escolaridade gasto muito dinheiro em alimentação. È uma boa ajuda e tempos difíceis””. acrescentou Marlene Moreira, trabalhadora em part-time.Além do combate a carências sociais, a EPA garante ainda a formação dos novos agricultores.
Para o director da escola, Manuel Taveira, esta ideia também pode ajudar os jovens e os pais a perceberem que podem enveredar por esta via de ensino, em seu entender mais vantajosa para o futuro“Não há qualidade de vida nos subúrbios das cidades. Há gente a mais e determinadas zonas e há rendimento a menos.
Aqui a um manancial de oportunidades que deviam ser equacionadas. E os pais que, muitas das vezes, fazem sacrifícios para terem os filhos a fazerem cursos de caneta e papel que não vão ter grande empregabilidade, têm aqui condições óptimas com a natureza e alojamento”Para além dos 28 talhões entregues às famílias, há ainda outros dois que foram entregues à EPA funcionando como um campo pedagógico para os estudantes, e à APPACDM que vai produzir muito daquilo que os seus próprios beneficiários consomem nas suas refeições e que também servirá para a integração social dos utentes.
O mérito social e o carácter inovador garantiram ao projeto o apoio da EDP Solidária Barragens 2011, um programa de promoção da melhoria da qualidade de vida e combate à exclusão social nas regiões abrangidas pelos novos investimentos hidroeléctricos da EDP. Para Sérgio Figueiredo, da Fundação EDP, esta iniciativa tem tudo para dar certo e pode dar um sinal de esperança ao País“O segredo é pôr toda a gente virada uma para a outra. Temos o hábito em Portugal de trabalhar de costas voltadas, não temos a cultura da cooperação. E a génese deste projecto é essa.
Ao reunimos competências de uma escola profissional, o envolvimento de uma câmara municipal, e a capacidade integradora a nível nacional da Fundação EDP não há como não dar certo”. Criado em 2009, o programa já investiu mais de 500 mil euros em projetos emblemáticos pelo seu carácter inovador, pela procura de sustentabilidade financeira e ainda pelo impacto social gerado.

Escrito por Terra Quente (CIR)
in:brigantia.pt

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