sexta-feira, 13 de abril de 2012

Obras no IC5 vão cortar passagem para agricultores entre Alfândega da Fé e Mogadouro

Os habitantes de duas aldeias dos concelhos de Alfândega da Fé e Mogadouro estão revoltados com a construção do IC5, no sul do distrito de Bragança.
Os habitantes das freguesias de Parada, no concelho de Alfândega da Fé, e Meirinhos, no concelho de Mogadouro, temem ficar sem passagem para máquinas agrícolas e carroças. É que a estrada nacional que liga Alfândega da Fé a Mogadouro vai ser integrada no IC5 e o caminho que os agricultores estão agora a utilizar vai ficar submerso com a barragem do Baixo Sabor.

 Para ir de Parada para Meirinhos com uma máquina agrícola José Cancela ia pela estrada nacional. Mas há certa de quinze dias ficou surpreendido quando viu os sinais a proibir a passagem devido às obras do IC5.
“Era estrada nacional, agora ficou a passar o IC5 e não autorizam as máquinas agrícolas a passar. Por isso pessoal já se está a começar a revoltar”, referiu.
Por enquanto a alternativa é ir por um caminho rural junto ao Santuário de Santo Antão da Barca. Mas este troço ficará em breve submerso com a barragem.
“Passamos pelo caminho de Santo Antão. Agora ainda se passa porque o rio ainda vai pequeno mas se houver barragem já não se passa. Alguém tem que dar solução a isto senão temos que andar à volta de 50 quilómetros para ir para aí”, constatou.
O presidente da Junta de Freguesia de garante que já manifestou a sua preocupação junto das entidades envolvidas, estando agora o caso numa situação de “impasse”.
“A junta de freguesia de meirinhos contactou a empresa responsável, escrevemos também para o Ministério das Obras Públicas e a Estradas de Portugal. A empresa responsável remeteu para a EDP porque eles estabeleceram os caminhos paralelos e o caminho existente, que era a travessia do rio, é da responsabilidade da EDP. Estamos neste impasse, não sabemos se vai haver alternativa. Nós propusemos que fosse desclassificado o troço do IC5 pelo menos na travessia do rio Sabor”, revelou.
Luís Rodrigues afirma ainda que já na altura de consulta pública informou a Estradas de Portugal mas até agora nada foi feito. Aguarda agora uma resposta da EDP e da ASCENDI, concessionária do IC5.
Contactadas estas duas empresas comprometeram-se a fazer chegar à redacção da Brigantia esclarecimentos por e-mail que até ao momento ainda não chegaram.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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