quinta-feira, 10 de maio de 2012

Desempregados de Bragança só procuram emprego fora em último caso

Os desempregados da cidade de Bragança só procuram emprego fora do concelho em último caso. Esta é a constatação de Vítor Costa, o responsável pelos currículos que estão a ser entregues na II Feira do Emprego, Educação e Solidariedade que abriu esta tarde em Bragança. “Aqui nós temos qualidade de vida e conforto.
Não temos aquela azáfama de viver numa grande cidade. As pessoas podem sair de casa e passado 15 minutos estão no seu local de trabalho. As pessoas gostam de viver em Bragança e tentam encontrar trabalho nesta cidade”. E acrescenta que os desempregados do concelho só querem ir para fora se for para trabalhar na área em que se formaram: “Só em última instância é que procuram fora de Bragança e se for com a finalidade de se valorizar profissionalmente”.
O responsável pelo gabinete de emprego do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Bragança, explica que as ofertas que apresentam nesta feira são nacionais e internacionais, até para ajudar os finalistas do Instituto Politécnico.“Por isso é que nós colocamos aqui um conjunto de ofertas variado. Nós sabemos que no IPB mais de 50% dos alunos não são do concelho de Bragança e poucos são do distrito.
Esses alunos também precisam de ter uma resposta, quer seja em Bragança, quer seja fora. E se eles conseguirem uma resposta cá, é melhor do que quando chegarem a casa estarem à procura”, sublinhou. A feira só abriu esta tarde mas já foram entregues dezenas de currículos. A oferta de emprego parece ser a componente mais apreciada desta feira.“Sou psicóloga e estou desempregada há cerca de meio ano e venho ver se há alguma oferta.
Duvido que haja alguma oferta na minha área. Noto que as ofertas são muito mais para pessoal técnico, com o 12º ano. Para licenciaturas aparecem muito poucas. Tenho de tentar. Estar desempregada, deixa-nos sempre algum vazio, alguma solidão… tenho contactado várias instituições, entrego currículos, faço contactos pessoais...”, confessou Maria João Fernandes, de Bragança.“Para mim está a ser muito útil. Ainda ontem estive no Centro de Emprego de Macedo de Cavaleiros e não tinham lá estas ofertas que estou a ver aqui”, constatou Carlos Alfândega, de Macedo de Cavaleiros.“Tirei recentemente o mestrado em gestão e estou à procura do primeiro emprego ou estágio profissional. Entreguei o currículo neste stand a ver se surge alguma oportunidade”, acrescentou Carina Capontes, uma jovem do arquipélago da Madeira que tirou a licenciatura no Instituto Politécnico de Bragança.
Ao todo estão disponíveis no expositor do CLDS 175 ofertas para toda a região Norte e para a Europa. A organização salienta que nem todas estão disponíveis nos centros de Emprego, resultando de contactos directos com empresas.
Vítor Costa admite ainda que há uma maior oferta de empregos de profissões técnicas.“Serventes (temos uma auto-estrada em curso), electricistas… As áreas técnicas como a colocação de painéis solares e a construção civil têm alguma procura no concelho.
Os cursos profissionais podem ser uma boa saída para quem está no 9ºano e não quer prosseguir os estudos. Essas áreas têm alguma empregabilidade”, A II Feira do Emprego, Educação e Solidariedade decorre na Praça da Sé, em Bragança até as 23 horas desta quinta-feira.

Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

1 comentário:

  1. Um testemunho que vem ao encontro do que pensava. O interior, em termos de desejo, de fixação, ganha ao litoral, aos grandes centros, despersonalizados, afetivamente apagados.
    Só precisamos que o governo central, os responsáveis locais e os investidores tenham a iniciativa de criar aqui emprego.

    As sociedades serão muito mais felizes e produtivos quando o ser humano, se insere no meio em que encontra o equilíbrio das emoções.

    ResponderEliminar