terça-feira, 15 de maio de 2012

Enfermeiras desempregadas prestam serviços em troca de alojamento e alimentação

Duas jovens enfermeiras desempregadas implementaram na aldeia de Atenor, em Miranda do Douro, um sistema de prestação de cuidados de saúde ao domicílio em regime de voluntariado, pago pela população em géneros alimentares e alojamento.
"Nós abraçámos este projeto porque sabemos que as pessoas idosas do interior estão muito isoladas e os cuidados de saúde, por vezes, não abrangem todo este escalão etário", avançou Tânia Dias, uma enfermeira de 22 anos, ligada ao projeto.
Segundo esta enfermeira, trata-se de um projeto de voluntariado que permite o contacto direto com a polução sénior local e através do qual são prestados serviços de aconselhamento, medição da tensão arterial e glicemia ou fazer o acompanhamento dos doentes às consulta nos centros de saúde ou hospitais.
"Para além dos serviços de enfermagem, fazemos igualmente a articulação com os familiares dos idosos que estão foram do país ou da região”, explicou.
A ideia partiu das duas profissionais de saúde que, no desemprego, resolveram apostar neste tipo de iniciativa.
O projeto é encarado, agora, como um desafio profissional de futuro.
"Esta experiência é encarada como uma forma de apoiarmos as pessoas idosas e, ao mesmo tempo, fazermos o acompanhamento do seu estado de saúde. Além disso, este trabalho poderá abrir-nos portas no mercado de trabalho numa região que nos era desconhecida", acrescentou.
O repto foi lançado pelas duas enfermeiras à Junta de Freguesia de Atenor (JFA), entidade que tentou criar as condições mínimas para que as duas profissionais se pudessem estabelecer na aldeia nordestina.
O presidente da Junta, Moisés Pires, disse que a população recebeu "muito bem" os serviços e que agora contribui com géneros alimentares que vão desde ao azeite, batatas, hortaliças ou. Ao mesmo tempo foi arranjada uma casa para residirem.
"Este projeto tem uma fase experimental que vai durar três meses, findos os quais vamos encontrar meios para que as enfermeiras tenham o seu emprego, assegurado que os seus serviços.

in:rba.pt

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