quinta-feira, 21 de junho de 2012

Freguesia de Sendim da Ribeira

Sendim da Ribeira deve o seu nome ao facto de se situar na margem esquerda da ribeira de Sendim ou de Zacarias, perto da margem direita do rio Sabor. Constituída pelos lugares de Sardão e de Sendim da Ribeira, encontra-se a sete quilómetros da sede de concelho. Fica na parte sudeste do concelho.
O nome da freguesia aponta para o seu povoamento pré-Nacional. Sendim é palavra originária de "Sandini", nome germânico usado muito antes da fundação da Nacionalidade. Um tal de «Sendino» terá sido grande proprietário da região. O povoado fortificado de Castelo Branco, datado da Idade do Ferro, comprova o povoamento inicial da freguesia. Encontra-se num cabeço arredondado, sobre a confluência da ribeira de Sendim com a ribeira de Zacarias. Foram recolhidos no local, em tempos, alguns fragmentos de cerâmica.
O abrigo de Cova da Moura, por sua vez, é de datação indeterminada. Situa-se na vertente sul de um pequeno vale abrigado, onde são bem visíveis afloramentos de rochas xistosas formando pequenos abrigos. No entanto, não foram encontrados quaisquer vestígios arqueológicos no local. Inicialmente, Sendim da Ribeira pertenceu à paróquia de S. Pedro de Alfândega da Fé.
Formou freguesia independente em data incerta. Pertenceu a Chacim até 31 de Dezembro de 1853, passando, por extinção daquela, ao concelho de Alfândega da Fé. Em termos de património edificado, uma primeira palavra para a Igreja Matriz. Edificada em 1675, substituiu uma outra que existia no mesmo local e que já não respondia às necessidades da freguesia. Apresenta características maneiristas e barrocas. De planta longitudinal, é composta por uma só nave e por capela-mor mais estreita. A fachada principal termina em empena truncada por um campanário de dupla ventana. No interior, que possui três altares, salienta-se o arco triunfal de volta perfeita, os retábulos colaterais maneiristas e o retábulo-mor de talha tardo-barroca.
Do seu espólio, ressalta uma custódia em prata, que já mereceu inclusivamente um estudo por parte do autor local Fernando Pires Pereira. Segundo ele, foi feita no século XVIII. É de base circular e haste balaustral. A Capela do Divino Senhor dos Milagres localiza-se no centro da povoação, sobre um esporão sobranceiro ao vale da ribeira de Sendim. Terá sido construída no século XVIII. É um templo de arquitectura vernácula e rococó, de planta longitudinal simples e espaço interior único. A fachada principal termina em empena truncada por pequena sineira. No interior, salienta-se um retábulo em talha dourada e pintada rococó.
A agricultura foi sempre a actividade mais importante para a população de Sendim da Ribeira. Assim o ditavam as características geográficas da freguesia. Ganhou destaque desde o início a produção de azeite.
Apesar dos proprietários da maioria dos olivais não serem, a partir de determinada altura, da terra, o certo é que esta muito se desenvolveu - e em consequência a sua população - graças aos dinheiros provenientes da sua sua produção.
Área: 1535 ha
População: 128 habitantes 
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas da Senhora dos Milagres, de Stª Bárbara, Fontes com Bebedouro para Animais Fonte de Mergulho, Alminhas, Cruzeiro de Sardão, Nicho de S. Secundino, Sede da Freguesia com Casa do Povo, Casas das Festas, Escolas
Património Paisagístico: Ponte da Ribeira de Zacarias
Festas e Romarias: Festas de S. Secundino a 30 de Abril, de Stª Bárbara a 4 de Dezembro
Gastronomia: Cordeiro Assado, Cordeiro Assado em Forno de Lenha com Batata e Arroz no mesmo, Perú, Folar da Páscoa
Locais de lazer: Largo da Praça
Espaços lúdicos: Campo de Futebol de Sendim da Ribeira
Artesanato: Rendas e Bordados
Orago: S. Secundino
Principais actividades económicas: Agricultura, Olivicultura, Vitivinicultura, Amêndoa, Casa de Ferragens para Animais, Pastorícia, Comércio, Serviços


Retratos e Recantos

Sem comentários:

Enviar um comentário