quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vimioso sem propostas para reorganização autárquica


Os órgãos autárquicos do concelho transmontano de Vimioso não apresentaram, nem vão apresentar, qualquer proposta para a reorganização administrativa, disse hoje à Lusa fonte do executivo municipal (PSD).
A mesma fonte acrescentou ainda que para a ata da Assembleia Municipal (AM) foi transcrito "que não houve deliberação, porque não houve qualquer proposta sobre o assunto".
O concelho de Vimioso engloba 15 freguesias, que já se haviam manifestado "contra" a reorganização do mapa administrativo.
No concelho de Freixo de Espada à Cinta, também não há qualquer proposta para a reorganização administrativa.
"A reorganização administrativa do concelho é encarada como uma antecipação da morte do mundo rural. Por esse motivo, não concordamos. Vamos deixar tudo nas mãos da comissão que tutela o processo e, depois, as populações tomarão as suas atitudes", disse o autarca de Freixo de Espada à Cinta (PS), José Santos.
O concelho de Freixo de Espada à Cinta é composto por seis freguesias.
No concelho de Torre de Moncorvo, a AM aprovou uma "proposta de referendo", no sentido de os eleitores legitimarem o processo da reorganização autárquica.
Por outro lado, o órgão deliberou, por maioria, por proposta da Câmara, não se pronunciar sobre a reorganização administrativa
Miranda do Douro rejeitou, por unanimidade, a proposta de extinção de "qualquer uma" das 17 freguesias do concelho.
"Somos contra o encerramento de qualquer organismo público no interior do país. Com esta reorganização administrativa pretende-se retirar o único meio de ligação do mundo rural com o poder político. Por esse motivo, a proposta do governo foi rejeitada", disse à Lusa o presidente da Câmara de Miranda do Douro (PS), Artur Nunes.
Já no concelho de Mogadouro, a AM aprovou, por maioria, uma proposta apresentada pelo executivo camarário, que prevê a redução das atuais 28 freguesias do concelho para 22, no âmbito do novo mapa administrativo.
"A proposta serviu para que a lei que rege a reorganização administrativa apresentada pelo Governo não lesasse ainda mais os interesses das freguesias do concelho, dando voz aos seus representantes para definirem o futuro", disse o presidente da autarquia (PSD), Moraes Machado.
Mais a sul, no concelho duriense de Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda), os órgãos autárquicos do concelho, aprovaram a redução do número de freguesias das atuais 17 para 14 freguesias.
Duas das freguesias foram extintas "por imperativos legais", já que não reuniam o requisito mínimo para as manter com esse estatuto, já que tinham menos de 150 habitantes.
"Se fosse possível agregar apenas as duas freguesias mais pequenas, não avançaríamos com outra proposta e acreditamos mesmo que, assim, não vai haver grande impacto na organização do concelho", frisou Gustavo Duarte (PSD), presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa.

FYP // SSS.
Lusa/fim

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