sexta-feira, 28 de junho de 2013

Agricultura transmontana com novo impulso

A agricultura está a ganhar uma nova dinâmica na Terra Fria transmontana com o surgimento de novos projectos para quintas de turismo rural que também apostam na produção agrícola. 
A constatação é do presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro.   
Artur Nunes diz que há jovens agricultores a investir na região, que estão a dar um novo impulso a esta actividade.“No âmbito do PRODER tem havido um grande conjunto de investimentos ao nível da recuperação de património rural e a sua transformação em turismo rural, mas também em dinâmicas de produção, pequenas produções, associando o turismo à produção agrícola”, realça Artur Nunes. 
O autarca diz mesmo que esta situação está a inflacionar os preços das casas nas aldeias. “Aumentou tanto o preço das quintas como das casas nas aldeias, porque começou a haver esta procura de pessoas que querem fixar-se nas aldeias”, salienta o edil. Declarações de Artur Nunes durante um seminário sobre “Desafios e Oportunidades da Agricultura no Planalto Mirandês”, que decorreu ontem em Miranda do Douro. A “Bolsa de Terras”, criada recentemente pelo governo, foi outro dos temas em discussão.
Para o director regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, esta é uma oportunidade para garantir o futuro da agricultura na região. “A bolsa de terras é uma excelente oportunidade para hoje e para o futuro durante muitos anos. É uma criação legislativa que vai vigorar durante muitos anos. 
Neste momento está em implementação e é um instrumento tanto para aqueles que têm terras para oferecer, como para quem tem necessidade de terras”, sublinha o responsável.Já o presidente da Associação de Agricultores do Planalto Mirandês tem dúvidas que esta medida tenha sucesso na região. Francisco Pires lembra que as pessoas vão ter dificuldades em colocar no banco de terras propriedades que tenham sido herdadas.
“Não sei se as pessoas estão muito disponíveis, porque estão muito agarradas às terras herdadas. E também depende muito como se vai desenrolar. Se as pessoas tiverem custos para colocar as terras no banco vai ser muito difícil aderirem”, afirma Francisco Pires.

Escrito por Brigantia

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