terça-feira, 19 de novembro de 2013

Época de fogos foi a maior dos últimos oito anos

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) faz hoje uma avaliação da época de incêndios florestais, que este ano ficou marcada pela morte de nove pessoas e a maior área ardida dos últimos oito anos.
Agosto, particularmente a última quinzena, foi o mês mais devastador, tendo as chamas consumido 89.834 hectares de floresta e provocado a morte a oito bombeiros e a um autarca.
Numa resposta envida à agência Lusa, a ANPC refere que os inquéritos às mortes dos bombeiros, da responsabilidade da Inspecção de Protecção Civil, ainda estão a decorrer.
Segundo a Protecção Civil, a conclusão deste tipo de inquéritos está condicionada a vários factores, como "a oportunidade de recolha de declarações de todos os intervenientes" e resultados de perícias médico-legais.
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que, este ano, os incêndios florestais consumiram 140.944 hectares, mais 28 por cento do que em 2012 e a maior área ardida desde 2005.
Em contrapartida, as ocorrências de fogo diminuíram 10 por cento em relação a 2012, tendo-se registado 18.869 ignições, menos 2.135 do que no ano passado, adianta o último relatório provisório de incêndios florestais.
O maior incêndio do ano ocorreu no concelho de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, em Julho, e consumiu uma área de 14.136 hectares, dos quais cerca de 13.706 eram espaços florestais, indica o mesmo documento.
Além do fogo no distrito de Bragança, registaram-se este ano mais 194 grandes incêndios.
Da lista dos grandes incêndios fazem também parte os fogos que deflagraram na serra do Caramulo que, na zona de Tondela, consumiu 6.841 hectares e no concelho de Tarouca, onde as chamas afectaram uma área de 6.026 hectares.
Porto, Braga e Viseu foram os distritos que registaram mais ocorrências de fogo, enquanto os que tiveram mais área ardida foram Viseu, Vila Real e Bragança.
Mais de cem pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária e a GNR pelo crime de incêndio florestal.
A avaliação do dispositivo especial de combate a incêndios florestais vai ser feita em Lisboa, numa cerimónia que vai contar com a presença dos ministros da Administração Interna, Miguel Macedo, e da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Lusa/SOL

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