terça-feira, 12 de novembro de 2013

Portugal e Espanha apostam em rede de cidades inteligentes

Portugal e Espanha vão criar uma rede ibérica de cidades inteligentes para problemas conjuntos e partilhar informação e experiências que melhorem as condições de vida dos cidadãos através das TIC (tecnologias de informação e comunicação).
O acordo que rege o projeto é  assinado amanhã, quarta-feira, em Lisboa por representantes da Rede de Inovação Urbana (RENER) e da Rede Espanhola de Cidades Inteligentes (RECI), anunciou o presidente da entidade espanhola e presidente da câmara de Santander, Iñigo da Serna.
Concretiza-se assim o acordo alcançado em outubro por responsáveis de vários municípios portugueses da RENER que se reuniram, em Santander, com responsáveis de instituições e cidades congéneres espanholas para procurar espaços e iniciativas de cooperação.
A criação da rede ibérica procura melhorar a competitividade económica, a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento cultural, a inclusão social e os serviços públicos através das novas tecnologias.
Mediante este acordo, a RENER e a RECI partilharão informação, conhecimento, experiência e boas práticas sobre as cidades inteligentes, desenvolverão atividades conjuntas de vigilância tecnológica e colaborarão na definição de indicadores que contribuam para o desenvolvimento das "smart cities", explica De la Serna em comunicado.
Paralelamente promoverão ainda a colaboração com outras cidades na Europa, América Latina e África.
Os membros da rede ibérica participarão também, de forma conjunta, em projetos europeus do próximo período de programação (2014-2020), explorando também "o potencial de cooperação transfronteiriça no espaço" e em ilhas em cidades inteligentes, aproveitando-se de algumas estruturas em operação.
Pretendem ainda lançar desafios às empresas dos dois países para o desenvolvimento, em parceria, de soluções urbanas inovadoras que respondam às necessidades das cidades, segundo o presidente da RECI.
"Espanha e Portugal partilham não só um espaço físico, como é a Península Ibéria, mas também o interesse comum de que as nossas cidades estejam cada vez mais avançadas tecnologicamente", disse Da Serna recentemente.
A inovação, considerou, deve ser colocada "ao serviço dos cidadãos e impulsionar o setor produtivo, ajudando a gerar atividade económica e emprego nos dois territórios".
O "Living Lab RENER - Rede de Inovação Urbana", liderado pela INTELI e membro da Rede Europeia de Living Labs, é definido como "um laboratório vivo que integra 25 cidades portuguesas, funcionando como espaço de teste e experimentação de soluções urbanas inteligentes em contexto real".
A iniciativa privilegia "uma filosofia de inovação aberta e de cocriação com forte envolvimento dos utilizadores e cidadãos", permitindo criar "um palco de partilha de experiências e boas práticas com capacidade de replicação noutras cidades e regiões, quer a nível nacional, quer internacional".
O projeto nasce associado ao Programa Nacional de Mobilidade Elétrica e as cidades envolvidas têm servido para testes para a introdução do veículo elétrico em Portugal, tanto no que toca às infraestruturas de carregamento como da respetiva rede de gestão e informação.
O objetivo, explica a página da rede na Internet, é "alargar a intervenção do RENER a outras áreas de inteligência urbana, como a eficiência energética, energias renováveis, gestão da água e resíduos, governação, inovação social, entre outras, criando uma rede de cidades inteligentes em Portugal".
As 25 cidades ou vilas RENER são Almada, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Leiria, Lisboa, Loures, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sintra, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Viseu.

OJE/Lusa

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