terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Tito uma página da história do GDB

Foi um dos melhores médios da história do Grupo Desportivo de Bragança. Tito, nome de guerra dentro das quatro linhas, brilhou no Vitória de Guimarães em 1975 passando depois pelo Grupo Desportivo de Chaves, Vila Real e Mogadourense.
Modesto, reservado, nada dado a vaidades recusa o rótulo de craque da bola. “Não fui o melhor, nada disso. Há outros jogadores que foram melhores”, refere.
Tito começou a jogar futebol no Santos, aos 18 anos, no Brasil. Tinha 22 quando regressou a Portugal. 
O GDB recebeu-o no plantel e não tardou a despertar a cobiça de outros emblemas. O Vitória de Guimarães foi o primeiro a levar o médio em 1975, cinco anos depois, e após passagens por outros clubes, regressou ao Bragança.
Chico Ferreira, Oliveirinha, o malogrado Santana (antigo jogador do Benfica), o argentino Rúben Garcia ou Mário Nunes (antigo jogador do Portimonense) foram treinadores que marcaram a carreira de Tito.
“Não estava habituado a jogar em campos pelados”
A maior dificuldade da antiga glória do futebol brigantino foi a adaptação aos campos pelados. “Não estava habituado a jogar em pelados, no Brasil jogava sempre em relvados. Foi mais uma experiência marcante”, conta Tito.
A boa camaradagem que havia na equipa do GDB ajudou na integração e também na adaptação à nova realidade futebolística. O plantel do GDB era formado pela prata da casa onde se contavam nomes como o guarda-redes Cancelinha, ainda Fernando Malan, Chico, Mateus, Toninho Teixeira ou Adérito. “Todos os colegas foram importantes. Sempre me dei bem com toda a gente”, acrescenta.
O ano de 1980 fica bem gravado na memória do antigo jogador pois defrontou o glorioso S.L.Benfica. O GDB perdeu por 1-2 para a Taça de Portugal e deu luta aos encarnados. “Foi um jogo marcante. Tínhamos uma grande equipa, aliás sempre tivemos”.
“Ganhávamos 20 contos”
Não era goleador mas dava a marcar e muitas vezes contribuía para golos decisivos. No seu discurso modesto Tito sempre valorizou o colectivo.
Jogou futebol até aos 36 anos e fez da modalidade profissão. “Na altura só jogava futebol. Ganhávamos 20 contos, hoje são 100 euros, não era muito mas na altura dava para viver”.
Depois de deixar o futebol Tito ainda trabalhou com as camadas jovens. Agora, aos 63 anos continua a lidar com os mais novos no Sintético do CEE, onde há oito anos é funcionário público, acompanha diariamente os treinos dos pequenos futuros jogadores.
Ainda com mística brigantina incutida, Tito tenta estar a par do desempenho do seu “Bragança”. “Sempre que posso vou ao estádio. Sofro pelo meu GDB. Já fui ver alguns jogos esta temporada e tem uma equipa arrumadinha, com rapaziada humilde com capacidade para subir de divisão”.
Tito deixou o futebol há 27 anos mas não foi esquecido por quem viu o seu talento em campo e por quem o conhece. Em Agosto do ano passado o F.C.Mãe d´Água prestou-lhe uma homenagem com um quadrangular de veteranos. “Foi um gesto muito bonito”, diz emocionado.
Tito gosta de recordar os bons momentos que viveu no futebol mas diz que não vive “preso ao passado”.

in:jornalnordeste.com

Um Senhor, dentro e fora do Futebol.
Grande abraço do teu sempre amigo Henrique Martins

1 comentário:

  1. um grande joador sem duvida qu por ca passou. precisava-mos mais com a garra dele.

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