sábado, 29 de março de 2014

Providência cautelar para impedir encerramento do Laboratório de Mirandela

Deu entrada hoje no Tribunal uma providência cautelar para impedir o encerramento do Laboratório de Apoio à Agro-Pecuária de Mirandela.
Um grupo de cidadãos uniu-se para travar o encerramento de mais um serviço na região.Uma das mentoras desta providência cautelar, sob a forma de acção popular, é Júlia Rodrigues, que apesar de ser a líder do PS em Mirandela diz que subscreveu esta acção enquanto profissional do sector. A médica veterinária diz mesmo que é um crime encerrar o Laboratório de Mirandela. “Houve uma série de profissionais do sector, de produtores pecuários, que acharam que era injusta esta decisão e que feria gravemente os interesses, quer dos produtores, quer até da própria região. É realmente uma grande injustiça, diria mesmo que é um crime este encerramento”, realça Júlia Rodrigues.
Os representantes dos produtores também estão contra este encerramento. O responsável da Organização de Produtores Pecuários de Miranda e Vimioso garante que as organizações de produtores não foram ouvidas neste processo. Luís Fernandes não tem dúvidas que a transferência das análises de sanidade animal para a zona do Porto vai aumentar os custos suportados pelos produtores.“Isto tem custos, os criadores já estão sobrecarregados e será impensável suportar mais estes custos”, salienta Luís Fernandes.
Prevê-se que o Laboratório feche as portas na próxima terça-feira. Luís Fernandes diz que as organizações de produtores ainda não receberam nenhuma comunicação oficial sobre este encerramento e garante que a última informação que receberam é que o sangue dos animais continuará a ser entregue em Mirandela. “A informação que temos foi através de uma visita que houve ao laboratório por parte da união dos ADS, que foi garantido por parte da Direcção de Veterinária da Região Norte que a recepção das amostras seria garantida. É a última informação que a gente tem. Se isso não for não há grande viabilidade para entregar as amostras no Varão”, frisa o responsável.
Entretanto a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes enviou uma carta ao Primeiro-Ministro a solicitar o seu empenhamento no sentido de ser revista a decisão do Ministério da Agricultura de encerrar este serviço.

Escrito por Brigantia

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