sábado, 31 de maio de 2014

Produtos das «Terras de Alfândega» da Fé criaram 30 postos de trabalho

Os produtos locais de Alfândega da Fé ajudaram a criar nos últimos três anos 30 postos de trabalho e ganharam a marca «Terras de Alfândega» com que a autarquia quer valorizar o que é típico do concelho.
A Câmara Municipal deu o impulso com um gabinete de apoio ao produtor que agiliza o licenciamento e encaminha projectos para «ajudar a criar postos de trabalho e a vender e a criar mais-valias com os produtos locais, mas também dar visibilidade ao território, atrair turistas», como explicou a autarca Berta Nunes.
Da cereja, ao queijo, amêndoa, compotas, fumeiro ou outros produtos regionais feitos em casa surgiram negócios organizados, que até então se deparavam com algumas restrições, segundo a autarca.
Os produtores que quiserem podem utilizar o selo de garantia «Terras de Alfândega», a nova marca chapéu do concelho transmontano, que obriga quem aderir a submeter-se a um controlo de qualidade.
«Temos vindo a trabalhar na valorização do saber fazer tradicional, o que corresponde ao licenciamento das unidades produtivas que já existiam, mas não estavam licenciadas e por isso não tinham uma marca, não podiam comercializar, mesmo nas feiras onde tradicionalmente se vendiam os queijos que eram feitos em casa, ou a compotas, o fumeiro», concretizou.
O gabinete de apoio ao produtor ajudou a ultrapassar as burocracias legais e ali «as pessoas são orientadas em todos os passos de uma forma muito célere, podem licenciar uma actividade em menos de dois, três meses».
O município já licenciou 15 cozinhas regionais e ao saber tradicional, Alfândega da Fé está também a acrescentar a inovação «de jovens locais que criaram novos produtos como a cerveja artesanal com cereja e outros produtos locais como castanha, mel, etc».
No concelho surgiu uma nova empresa que pretende, a partir dos produtos locais, criar novas formas de os apresentar ao público e outra que vai valorizar um recurso endógeno que são os cogumelos silvestres e colocá-lo no mercado seco, transformado, trabalhar essa fileira, adiantou ainda.
«Significa pequenas empresas que criam um ou dois postos de trabalho, mas que todas juntas, depois podem criar aqui uma massa crítica e criar aqui emprego que pode fazer alguma diferença», defendeu a autarca.
Este processo conta também com o gabinete de apoio ao empreendedor em parceria com a EDP, no âmbito do apoio da eléctrica aos projectos na área de influência da barragem do Baixo Sabor.

Café Portugal/Lusa

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