sexta-feira, 27 de junho de 2014

Duarte Moreno alerta para inflação de produtos nacionais vendidos lá fora

O presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros alerta para a desregrada comercialização de produtos nacionais, vendidos abaixo do preço justo ao país vizinho e que depois regressam ao nosso país a preços inflacionados.
Duarte Moreno sugere aos agricultores para se agruparem e alerta para a comercialização além-fronteiras de produtos made in Portugal.
O autarca dá como exemplo as castanhas e os cogumelos silvestres que são vendidos acima do preço justo e diz que urge criar legislação para regular a apanha e comercialização de produtos nacionais.
“Quando temos esses problemas, temos que nos agrupar, ou em agrupamentos de produtores, ou em cooperativas, para que isso aconteça. E fazer a transformação e o valor acrescentado desses mesmos produtos.
O que está a acontecer atualmente é que temos bons produtos, como a castanha, por exemplo, o cogumelo silvestre, que em outros países lhes dão um valor acrescentado, e que regressam ao nosso país com um preço exorbitante.
É esta aposta que queremos trabalhar e ganhá-la, em pouco tempo, porque temos pouco tempo para que isso aconteça.”
Por cá, os produtos são vendidos a preços reduzidos aos espanhóis, que depois os exportam para toda a Europa a preços elevados, arrecadando as valias dos produtos que brotaram em solo nacional.
Duarte Moreno aponta o escoamento e a comercialização dos produtos como o maior dos problemas.
“Nós temos que trabalhar mais.
Temos uma grande riqueza no nosso concelho, que é a água. Temos que a usar, que  plantar, que  comercializar e ter lucro com aquilo que nós fazemos.
É um desafio que é bastante grande. No nosso concelho já temos três cooperativas. Nasceu em março mais uma em Macedo de Cavaleiros, para comercializar os produtos que aqui se produzem, que são bons e de qualidade.
Mas depois temos sempre o problema da comercialização desses mesmos produtos.”
Os produtos nacionais apanhados regras na região transmontana estão a ser aproveitados pelas fábricas espanholas, que inflacionam o preço e ficam com as mais-valias dos produtos.

Informação ONDA LIVRE

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