quinta-feira, 18 de setembro de 2014

58% dos portugueses urbanos gostariam de viver fora da cidade

Quanto mais cosmopolita e maior for a cidade, mais se verifica esta tendência. Lisboa regista resultados surpreendentes: 63% dos inquiridos têm vontade de sair.

O elevado custo de vida, a insatisfação com o emprego e o congestionamento automóvel são algumas das razões que justificam a vontade de sair da cidade. A poluição, o estilo de vida, a alteração do número de elementos do agregado familiar e a reforma, são outros dos motivos apontados. 

Elaborado pela Bloom Consulting, o relatório pretende fazer uma análise das tendências migratórias nos principais centros urbanos portugueses. 

«Os resultados do relatório são bastante claros relativamente à importância que o interior pode voltar a ter», explica Filipe Roquette, diretor geral da Blooom Consulting em Portugal. «As respostas recolhidas mostram uma inversão da tendência da antiga e pesada migração rural para uma onda de migração urbana. Embora com escalas diferentes, será, sem dúvida, um fenómeno a ter em conta nas decisões estratégicas, não só a nível local, mas global».

Para a maioria dos inquiridos, sair da cidade é uma opção. Agora ou mais tarde, 58% dos entrevistados gostaria de o fazer. 

O custo de vida elevado é, para 18% dos inquiridos, a principal razão para se sair da cidade, a par da poluição e do estilo de vida. 13% das respostas apontaram a chegada da reforma como a motivação para sair da cidade. Seguem-se o congestionamento automóvel (11%), a insatisfação com o emprego (9%) e a alteração do número de elementos no agregado (6%), entre outros. 

A proximidade com a natureza é o principal motivo para uma mudança para o meio rural, com 19% das respostas. Seguem-se o estilo de vida fora da cidade e o menor custo de vida, ambos com 15% das escolhas. Para 10% dos inquiridos, um melhor emprego seria o motivo, o mesmo número de pessoas que se mudaria para o meio rural para ter o tipo de habitação pretendida. 

O início de um novo projeto seria outra das justificações (7%), bem como a chegada da reforma (7%). Seguem-se a vontade de viver junto de familiares (6%), a alteração do número de elementos no agregado familiar (5%) e a familiaridade com o novo local (5%), entre outros. 

Sobre o relatório
Este relatório foi elaborado pela empresa Bloom Consulting com o objetivo de analisar as tendências migratórias nos principais centros urbanos portugueses.

Este documento consiste na apresentação dos resultados obtidos num questionários quantitativo efetuado via online sobre tendências de migração. As respostas a este questionário foram obtidas entre os meses de Junho e Julho de 2014 a residentes nos principais centros urbanos em Portugal. A amostra recolhida foi de 165 indivíduos. 

Sobre a Bloom Consulting
Ao longo dos últimos dez anos, a Bloom Consulting tem desenvolvido diferentes estratégias de “Country”, “Region” e “City Branding” por toda a Europa, E.U.A e Brasil, trabalhando especificamente para diferentes líderes políticos e ministérios com o objetivo de gerir a marca de cada território como um ativo económico e político. 

Sediada em Madrid, a Bloom Consulting possui ainda escritórios em Lisboa e São Paulo. Merecedora de reconhecimento por parte dos principais meios de comunicação internacionais, a Bloom Consulting, bem como o seu CEO José Filipe Torres, um dos 3 principais especialistas mundiais no desenvolvimento de estratégias nesta categoria (fonte: countrybrandingwiki.org), têm surgido recorrentemente em inúmeros artigos de publicações tão prestigiadas como o “The Economist, Forbes, CNN ou BBC. 

A Bloom Consulting publica anualmente o Bloom Consulting Country Brand Ranking ©, onde mais de 220 países são analisados relativamente à sua “Country Brand” e em Portugal o Bloom Consulting City Brand Ranking ©, projeto onde a eficácia de cada um dos 308 Municípios portugueses foi avaliada e classificada de acordo com a sua "performance" nas vertentes de Investimento (Negócios), Turismo (Visitar) e Talento (Viver).

in:noticiasdonordeste.pt

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