segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Arqueólogos estudam e recuperam o Castro dos Mouros em Vilarinho dos Galegos, concelho de Mogadouro

O Castro dos Mouros, em Vilarinho dos Galegos, concelho de Mogadouro, vai ser valorizado para fruição pública, constituindo-se desta maneira  como mais um atractivo cultural que ajudará a cimentar neste concelho nordestino o turismo ligado ao património e à arqueologia.

Depois de quatro anos de investigação realizada neste sítio arqueológico que remonta à Idade do Ferro (cerca de 2500 anos), a equipa responsável pelo projecto de investigação, liderada por António Pereira Dinis, anunciou no passado fim-de-semana, no âmbito do II encontro de Arqueologia do concelho de Mogadouro, que irá ser feita a reconstrução e preservação do imóvel.

"Agora estamos apostados em desenvolver uma segunda fase de trabalhos arqueológicos que vai ao encontro da conservação, reconstrução e valorização do sítio, tornando-o assim, num espaço visitável que faça parte dos roteiros da arqueologia castreja", disse o investigador António Pereira Dinis, citado pela Agência Lusa.

Este é já o quarto ano de intervenções arqueológicas no local, que envolveram ao longo deste tempo jovens locais bem como alunos e arqueólogos da Universidade do Minho (UM). Durante este período estudou-se o processo cronológico, o processo de ocupação e as matrizes culturais que caracterizam este assentamento, tendo daqui resultado um novo paradigma para a interpretação deste período cronológico na região.

António Pereira Dinis sublinha que se conhecia “muito pouco sobre a Idade do Ferro na região do Douro Superior. Com as escavações em sítios como o castro de Vilarinhos dos Galegos, o de Crestelos (no concelho de Mogadouro) e o Castelinho (em Torre de Moncorvo), estes locais trouxeram uma mudança de paradigma em relações a este período histórico no noroeste peninsular ".

O projecto tem tido o apoio da Câmara Municipal de Mogadouro e o atual presidente, Francisco Guimarães, disse que pretende dar continuidade aos trabalhos, tendo afirmando à agência Lusa “que há uma importante espólio arqueológico no concelho e na região, pelo que é preciso continuar a expandir este tipo de trabalhos arqueológicos".

in:noticiasdonordeste.pt

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