terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Associações de Desenvolvimento Local articulam candidaturas

As 15 Associações de Desenvolvimento Local do Norte assinaram um acordo de parceria para articular as candidaturas aos fundos comunitários para apoio a projectos nos territórios rurais.
Um dos objectivos do protocolo é evitar riscos de atrasos na implementação dos apoios europeus. Aurora Ribeiro, coordenadora da Desteque - Associação de Desenvolvimento da Terra Quente, sublinha que é necessária uma resposta rápida da tutela sobre a gestão futura dos instrumentos de candidatura. “Estamos em Fevereiro de 2015 e estamos a candidatar-nos para sermos acreditados. 
Passados 45 dias seremos ou não pré-qualificados e depois teremos um tempo para apresentar uma estratégia de desenvolvimento local, quando vamos abrir concursos? Há aqui um tempo de organização dos territórios e das entidades que urge ser resolvido e terminado. Esta é uma área que está vazia”, frisa a responsável. 
As Associações de Desenvolvimento Local esperam com este acordo formalizar uma prática de trabalho em rede que já existe há 20 anos, e articular o trabalho para que não haja intervenções sobrepostas. 
O presidente da Associação de Desenvolvimento do Douro Superior, Dinis Cordeiro, espera que a parceria reforce a posição da região. “O nosso problema é sempre que o dinheiro vai sempre para os grandes centros e a ideia é ganharmos alguma força para que os fundos sejam mais bem distribuídos e venham alguns para a nossa região”, adianta. No novo modelo de concurso, qualquer entidade pode apresentar candidaturas às estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC). 
Artur Nunes, presidente da Corane- Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, alerta que o mesmo dinheiro pode ser distribuído por mais entidades. “Quantas mais parcerias houver melhor. De facto foram criadas outras estratégias DLBC, urbanas e costeiras, e o dinheiro pode ser dividido por mais. Esse é que pode ser o grande problema, o dinheiro é o mesmo e vamos ter mais entidades que podem ir beber onde as actuais associações já vão”, explica. 
De acordo com Artur Nunes, para além dos fundos de desenvolvimento rural, Bragança vai também, pela primeira vez, candidatar-se a uma Estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária urbana. 

Escrito por Brigantia

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