sexta-feira, 6 de março de 2015

Passos confrontado com escola degradada em Mirandela

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi hoje confrontado, em Mirandela, no distrito de Bragança, com o problema da escola secundária local, das mais degradadas da região sem obras há mais de 30 anos.
O presidente da Associação de Estudantes, João Pilão, aproveitou a visita do primeiro-ministro à feira da Alheira, que começou hoje na cidade transmontana, para entregar a Passos Coelho uma carta com o historial do estabelecimento e pedir que diligencie para a resolução do problema.

A escola Luciano Cordeiro nunca foi alvo obras de fundo desde a sua construção e os estudantes queixam-se da falta de condições, salubridade, infraestruturas destruídas e temperaturas negativas no inverno e calor tórrido no verão nas salas de aulas.

O jovem falou com Passos Coelho e recordou as diligências que já foram feitas, nomeadamente junto do Ministério da Educação que respondeu, há um ano, que não havia dinheiro para as obras.

Entretanto, o ministro Nuno Crato disse, recentemente numa passagem por Bragança, que o problema desta escola será resolvido com verbas do novo quadro comunitário de apoio.

O primeiro-ministro respondeu ao jovem que "ainda ontem [quinta-feira]" esteve a falar com o ministro da Educação sobre algumas necessidades mais emergentes em obras que precisam de ser realizadas em escolas, que tendo ficado de fora da programação da Parque Escolar precisam de intervenções mais urgentes.

Uma delas, apontou, e a mais publicitada é a escola do Conservatório de Lisboa para a qual já se encontrou uma solução.

O ministro Nuno Crato ficou de ver, de acordo com Passos Coelho, dentro do Ministério da Educação o conjunto de escolas prioritárias, as intervenções que precisam de ser feitas com mais urgência.

"E eu verei com ele se este é ou não um desses casos", afirmou.

O chefe do Governo ressalvou contudo: "se lhe responderam lá do Ministério da Educação que não havia dinheiro, acho isso muito provável".

Assegurou, no entanto, que "não existe aqui nenhuma discriminação específica" sobre este caso de Mirandela.

"Nós procuramos responder de acordo com as disponibilidades que temos e como o dinheiro não estica para tudo e não dá para tudo, nós temos de fazer opções", declarou, rematando que não deixará de responder à solicitação dos estudantes.

O presidente da Câmara de Mirandela, o social-democrata António Branco, que acompanhava o primeiro-ministro na visita à feira da Alheira, lembrou que as obras nesta escola já estiveram previstas pela Parque Escolar com um investimento de dois milhões de euros, o qual foi cancelado.

Agência Lusa

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