quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Custo final da Autoestrada do Marão entre 260 a 270 ME. Portagem será de dois euros

A Autoestrada do Marão, que inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros, vai custar entre 260 a 270 milhões de euros e a portagem a cobrar rondará os dois euros, disse hoje o presidente da Infraestruturas de Portugal.

António Ramalho, que falava após a conclusão da escavação de uma das galerias do Túnel do Marão, referiu que esta autoestrada vai ter um investimento final que ronda entre os 260 a 270 milhões, valores abaixo do inicialmente previsto.

A Autoestrada do Marão, que incluiu o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, foi a primeira obra público privada resgatada pelo Estado, devido a incumprimentos por parte da concessionária, e está agora a poucos meses da conclusão.

“Os prazos estão programados, há pequenos desvios que não chegam a 01%. Portanto, a expectativa é que terminemos a parte da obra respeitante ao troço nascente e poente no dia 17 de dezembro e terminemos a obra de construção civil do túnel no final do ano”, salientou António Ramalho.

Depois, serão precisos dois meses de testes dos sistemas eletrónicos de controlo de incidentes e de gestão da climatização.

A autoestrada deverá abrir ao tráfego até final do primeiro trimestre de 2016, seis anos depois do início da construção.

Pelo meio a construção parou por três vezes. Após ter resgatado a concessão da Autoestrada do Marão, depois da paragem das obras em junho de 2011, o Estado dividiu os trabalhos em três empreitadas, nomeadamente a do túnel e os acessos poente e nascente.

Hoje, o dia foi simbólico porque se uniram as galerias sul do túnel, permitindo conclui a escavação dos 5,6 quilómetros de autoestrada que atravessam a serra do Marão. A união da outra galeria ocorrerá no final deste mês.

Esta via vai ligar a A4 (Porto/ Amarante) à Autoestrada Transmontana (Vila Real/ Bragança).

Para atravessar os 26 quilómetros desta autoestrada ter-se-á que pagar cerca de dois euros de portagem.

É um valor, segundo António Ramalho, que fica abaixo do inicialmente previsto e que é possível porque se “conseguiu poupar na construção do túnel”.

António Ramalho destacou também que a obra tem decorrido sem acidentes graves e salientou que se apostou num modelo de grande segurança.

Mas para quem trabalha dentro dos túneis, a fé também dá uma grande ajuda e, por isso, foram colocadas quatro imagens de Santa Bárbara, nas quatro bocas do túnel, onde muitos rezam antes de começarem a trabalhar.

A tradição é cumprida e, no final, quando o túnel estiver completamente pronto, as santas serão entregues a instituições religiosas porque não podem voltar a ser utilizadas numa outra obra.

Agência Lusa

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