quinta-feira, 5 de maio de 2016

Bragança quer ter assento na Assembleia do Zasnet

O Município de Bragança quer integrar a assembleia do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Zasnet.
O município está representado através da Associação de Municípios da Terra Fria Transmontana mas poderá vir a integrar a própria assembleia, caso se confirme a saída da Associação de Municípios do Douro Superior, que já há vários anos manifestou essa intenção.
A candidatura à assembleia do ZASNET foi aprovada pela assembleia Municipal de Bragança e, segundo o autarca, aguarda agora o visto do Tribunal de Contas. 
Hernâni Dias considera que o Município de Bragança não pode perder a oportunidade integrar este órgão com poder decisivo. “O Município de Bragança pretende aproveitar a sua oportunidade estando de forma mais activa, até porque a sede do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial se encontra em Bragança, que foi o único município português dos que integram o Agrupamento Europeu a lutar pela sua criação. Também entendemos que pela forma como agarrou este projecto e como lutou para que viesse a ser instituído a legitimidade é total e também sentimos que há necessidade de termos uma voz mais preponderante, por forma a melhor defendermos os interesses do município”, sustenta o presidente da autarquia Brigantina. 
A assembleia do Zasnet é composta pela Diputación e o Ayuntamiento de Zamora e a Diputación de Salamanca, do lado espanhol. Do lado português integram este órgão as Associações de Municípios da Terra Quente Transmontana, da Terra Fria e a do Douro Superior. 
Ao que conseguimos apurar, esta última terá manifestado a vontade de abandonar o agrupamento ainda durante o anterior mandato autárquico. 
Uma intenção que o agrupamento quer agora confirmar mas que Nuno Gonçalves, actual presidente desta associação de municípios, ainda não dá como garantida. Confrontado pela Brigantia com esta situação, o responsável não responde objectivamente se associação pretende ou não abandonar o agrupamento, frisando que a promoção do território deve ser conjunta e não isolada. “Não saímos, o que nós entendemos é que não devem ser os municípios, per si, mas a Associação e essa é a grande luta que temos. Se queremos ter capacidade reivindicativa e se falamos que os municípios devem agregados, cada vez mais, não podemos proferir umas situações isoladamente e outras de forma agregada. 
Os municípios têm que ter esta política de uma forma agregada conseguirmos estar nessas associações. Queremos estar enquanto associação e não enquanto município”, afirma. Recorde-se que o Agrupamento Zasnet conseguiu a aprovação da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica, que engloba quatro parques naturais do território abrangido pelo Zasnet. Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo são os únicos municípios do Douro Superior que não são distinguidos pelo selo de excelência, atribuído pela UNESCO, sendo Moncorvo o único do distrito de Bragança a não ter este reconhecimento. 
Uma situação que poderá estar na origem da discórdia entre os autarcas, uma vez que este selo traz vantagens na candidatura a fundos comunitários. O Zasnet aguarda uma resposta definitiva por parte da Associação de Municípios do Douro Superior. 
Entretanto, este assunto foi discutido na última reunião da CIM Terras de Trás-os-Montes, onde os autarcas foram unânimes na escolha de Bragança para apresentar a candidatura caso o lugar ocupado pelo douro Superior fique vago, de forma a igualar a Espanha, ficando assim três entidades de cada país representadas na assembleia do agrupamento. 

Escrito por Brigantia

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