quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Autarca de Carviçais acredita que a exploração das minas de Moncorvo ainda não foi retomada por falta de vontade política

A exploração das minas de Torre de Moncorvo já poderia estar a ser feita se houvesse vontade política. Esta é a opinião do presidente da junta de freguesia Carviçais, uma das localidades mais próximas das minas situadas no lugar de Carvalhal, freguesia de Felgar. 
Para Francisco Braz, o projecto que prevê a reactivação das minas só ainda não avançou porque o governo não quis. “Desde o primeiro momento em que se ouviu falar da retoma da exploração das minas, que eu tenho a minha opinião e espero que seja só a minha opinião e que esteja errado. Isto tudo depende de vontade política para avançar. No dia em que o poder central quiser avançar, elas avançam”, considera.

O autarca vai mais longe ao afirmar que também no caso da Barragem do Baixo Sabor não houve vontade política para que ficasse concluída mais cedo. “Têm surgido, pelo que sei, diversos obstáculos que é preciso contornar e é sempre quem está na parte do governo que os vai criando. No dia em que quiserem dar o aval, isto anda, de certeza absoluta. Isso já aconteceu na Barragem do Baixo Sabor e aqui estamos falar de uma obra que interfere com o PIB nacional, que só não anda se não houver vontade política”, acrescentou. 

Francisco Braz não tem dúvidas que a retoma da exploração mineira traria vantagens para Carviçais, não só pela criação de emprego no concelho de Torre de Moncorvo, mas também pelo contributo para o desenvolvimento da economia das localidades vizinhas. “Já no passado, quando as minas funcionaram, grande parte da mão-de-obra era de Carviçais e, agora, no caso de avançar, evidentemente que seriam criados aqui vários postos de trabalho, que beneficiariam os habitantes da freguesia e de todo o concelho. Esta freguesia também poderia ser uma das mais beneficiadas em termos de alojamento, do comércio, restauração… Seria uma alavanca e um motor de desenvolvimento da economia que nos faz, neste momento, muita falta, sem dúvida”, constatou. 

Chegou-se a avançar Junho como

data do recomeço de actividade, mas falta o aval do estatal para que a empresa MTI, a quem deve ser concessionada a exploração, possa assinar o contrato.

Durante o período de concessão , que deverá durar entre 50 a 60, a MTI prevê-se um investimento de cerca de 600 milhões de euros, e a criação de 450 postos de trabalho directos. 

Escrito por Brigantia
Sara Geraldes

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