segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Canoagem para todos no Azibo

Na sexta-feira, utentes portadores de deficiência, de sete instituições, puderam fazer canoagem.
O palco escolhido foi o Azibo. Uma iniciativa apoiada pela Federação Portuguesa de Canoagem. Ivo Candedo, da Federação, explica as mais-valias da prática desta modalidade.
“A canoagem, por ser feita ao ar livre e num meio náutico desponta um conjunto de sensações sensoriais que o meio outdoor, da natureza e do meio em sim, promovem junto de qualquer pessoa.

E no caso de pessoas portadoras de deficiência, que muitas vezes não têm acesso a estas práticas, conseguem ter uma exploração sensorial muito acima da média em relação às feitas indoor.”

Outro parceiro desta iniciativa é a Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (FENACERCI). O técnico Rui Monteiro antevê que, num futuro, a prática desportiva possa estar acessível em permanência no Azibo para as pessoas portadoras de deficiência.

“Esta foi uma atividade, para dar a conhecer a modalidade.

Estive aqui em abril, e verifiquei que havia uma oportunidade, num espaço que até já é acessível, e onde não há essa oferta.

Um dos caminhos foi desafiar a organização local, porque ela é que vai despoletar um conjunto de parceiros. E, daqui a uns anos, há a possibilidade de as pessoas portadoras de deficiência terem à disposição um conjunto de serviços.”

Uma opinião partilhada por Luísa Garcia, a presidente da Cerci de Macedo de Cavaleiros.

“Esse é o nosso objetivo, e daí o convite estendido a outras associações.

Não quisemos dar só a oportunidade aos utentes da Cercimac experimentarem canoagem, mas também outras instituições. Podemos conseguir fazer mais iniciativas no género no Azibo e, no futuro, até entrar em competições, quem sabe.”

Ainda existe tabu em falar sobre desporto adaptado, considera Luísa Garcia, que lembra que a canoagem, em específico, assim como outras práticas desportivas, são adaptadas para todos os utilizadores.

“A canoagem é adaptada, mas é assim para toda a gente. Se estamos a falar de pessoas portadoras de deficiência, sim, tem que ser adaptada, mas se eu, ou qualquer outra pessoa, quiser praticar também terá que ser adaptada.

Por isso, é mesmo um tabu, falar de desporto adaptado. Hoje em dia, não é por, por exemplo, alguém ter perdido um braço que não vai praticar canoagem.”

Um dia diferente para os utentes de sete instituições, seis do distrito de Bragança e uma do distrito da Guarda. No concelho de Macedo de Cavaleiros já estão a funcionar também as aulas de hipoterapia, no Centro Hípico de Grijó.

Escrito por ONDA LIVRE

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