quarta-feira, 26 de outubro de 2016

IPB está a ajudar a criar o primeiro politécnico de Timor

O Instituto Politécnico de Bragança está a apadrinhar a criação do primeiro politécnico de Timor-Leste. A instituição de ensino portuguesa vai ajudar a desenvolver as vertentes científicas das ofertas formativas da escola superior que deverá começar a funcionar já em Janeiro do próximo ano.
O IPB recebeu esta semana uma delegação de Timor, composta por representantes do ministério da Educação, da embaixada de Portugal em Timor e da futura da instituição timorense, que também se designará IPB, ou seja  próprio Instituto Politécnico de Betano.

O presidente do Politécnico de Bragança, Sobrinho Teixeira, espera que esta colaboração seja proveitosa para ambas as instituições. “haverá uma troca de experiências entre ambas as instituições. Iremos receber aqui professores e funcionários que irão ver uma instituição que iniciou o seu percurso há mais de 30 anos e, portanto, já tem alguma experiência. Naturalmente, também haverá deslocação do nosso corpo docente e de funcionários para Timor mas, sobretudo, haverá um enriquecimento conjunto. Há um ganho muito grande para o politécnico de Bragança, pelo facto dessa partilha de experiências, de poder ter novos horizontes, de poder fazer novas investigações… “, frisou o responsável.   

As aulas serão leccionadas maioritariamente em Português.Os primeiros dois cursos técnicos superiores serão em engenharia civil e em produção animal e vão receber cerca de 270 alunos.

Acácio Cardoso Amaral, o presidente da Comissão instaladora do Instituto Politécnico de Betano, refere que estas são áreas importantes no desenvolvimento do país. “O governo quer criar uma nova universidade pública técnica para poder receber mais jovens que terminem o ensino secundário e especialmente para os preparar para terem competências técnicas para que quando se formarem possam contribuir para o desenvolvimento do nosso país”, sublinhou.

Este ano, em Timor cerca de 18 mil alunos completam o ensino secundário e a Universidade da Nacional de Timor Lorosae só tem capacidade para acolher  4 mil. Os restantes jovens que quiserem prosseguir os estudos superiores têm de frequentar escolas privadas ou deixar o país. Só na Indonésia estudam 8 mil timorenses.

No segundo ano de funcionamento, o  Instituto Politécnico de Betano quer abrir mais seis cursos, contribuindo assim par travar a saída de tantos jovens do país. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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