quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Manuel de Morais Magalhães Borges

Nasceu em Parambos, concelho de Ansiães (não declara o dia, mês e ano) e foi baptizado em casa, por necessidade, a 7 de Outubro de 1696; vereador da câmara municipal de Ansiães em 1734; escudeiro-fidalgo da casa real com moradia de 450 réis por mês, elevado a cavaleiro-fidalgo, com 300 réis mais de moradia por mês e um alqueire de cevada por dia para o cavalo, por alvará de 26 de Julho de 1723, assente em 30 do mesmo mês e ano; filho de António de Magalhães e Sousa, natural de Parambos (e falecido em Marzagão a 7 de Janeiro de 1739), escudeiro-fidalgo da casa real, elevado igualmente a cavaleiro-fidalgo, por alvará de 10 de Maio de 1723, e de D.Maria de Morais de Mesquita, natural da Brunheda, freguesia do Pinhal, que faleceu também em Marzagão a 16 de Março de 1730. Ainda estava solteiro em 1734, mas tinha uma filha natural chamada Bernarda de Morais, que nasceu em Marzagão em 1721.
Que se dedicava a assuntos genealógicos, pelo menos os respeitantes à sua família, vê-se dos fólios 174 e 203 v. do Livro Genealógico adiante citado, onde se transcreve um largo estudo feito por Manuel de Morais Magalhães Borges, de que damos notícia ao fazer a descrição bibliográfica deste códice.
Era irmão de António Sousa Pinto e Magalhães, que também nasceu em Parambos, onde foi baptizado em 2 de Maio de 1692 (não indica o dia, mês e ano do nascimento), mas viveu em Marzagão, e por isso se diz António de Sousa Pinto e Magalhães, de Marzagão, um dos autores das Memórias de Ansiães.
Porque algo faz ao seu elogio, transcrevemos o seguinte período: «He este dito Manoel de Moraes Magalhaes Borges, aquelle mesmo grande homem que se atreveo, para bem do concelho, andar em Demanda com o Senhor D. Gaspar, Arcebispo de Braga, e tirar-lhe os Votos, que recebia no mesmo concelho de Anciaens».
Parece-nos que desta Bernarda de Morais, filha ilegítima de Manuel de Morais Magalhães Borges, nasceu o doutor António de Sousa Pinto Magalhães, de Marzagão, que, segundo se lê na Prefação das Memórias Etimológicas e históricas do concelho de Ansiães, publicadas em 1857, foi quem emprestou o manuscrito das Notabilidades Antigas e Modernas da Vila de Ansiães, que serviu de texto para as referidas Memórias. E do doutor António Magalhães é filha Antónia de Magalhães Barros, que ainda vivia em Marzagão, em 1924, nas casas que foram do doutor António de Sousa Pinto, reitor de Marzagão em 1765, e irmão de Manuel de Morais Magalhães Borges.
Escreveu: Notabilidades Antigas e Modernas da Vila de Ansiães. Uma cópia deste manuscrito encontra-se nos fólios 251 a 272 do Livro Genealógico Primeiro e Segundo Tomos Ano 1804, pertencente à família Aragão Lobo,de Freixiel. A este manuscrito se refere o Portugal Antigo e Moderno, no artigo «Vila Real».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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