sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Verdes sensibilizam município de Freixo para perigos de exploração espanhola de Urânio

O Partido Ecologista “Os Verdes” e os congéneres espanhóis EQUO reuniram ontem com representantes do município de Freixo de Estada à Cinta para discutir os impactos no concelho do projecto de exploração de urânio que está previsto para a província espanhola de Salamanca junto à fronteira portuguesa.
Miguel Martins, membro do PEV afirmou no final da reunião que durante o encontro foi possível informar e sensibilizar o executivo de Freixo para esta questão.

“Da parte da manhã estivemos no distrito da Guarda para sensibilizar a população e da parte da tarde estivemos reunidos com a autarquia de Freixo de Espada à Cinta, no sentido de sensibilizar e transmitir informação para esta causa da exploração de urânio que está a ser prevista. O que os elementos da autarquia nos transmitiram foi que não tinha muito conhecimento acerca desta exploração e urânio e ficou sensibilizada face ao que foi a nossa exposição”, adiantou.

Depois de terem questionado o Governo acerca deste assunto os Verdes prometem continuar a tomar diligências, nomeadamente esclarecer e sensibilizar representantes de outros concelhos como da Comunidade Intermunicipal do Douro.

“Os Verdes vão questionar novamente o Governo e pretendemos alargar também esta sensibilização que poderão ter consequências de exploração de urânio”, disse.

A preocupação dos partidos ecologistas prende-se com a poluição, como a que pode acontecer através da propagação de partículas radiactivas, que um projecto desta natureza pode causar, em particular porque uma das minas se situa a apenas 8 quilómetros da fronteira com Portugal e a unidade de reprocessamento fica localizada na bacia hidrográfica do rio Douro, que abastece cerca de 2 milhões de pessoas e cujas águas são utilizadas para irrigar campos agrícolas nomeadamente no Douro Vinhateiro.

A presidente do município de Freixo de Espada à Cinta prefere não emitir uma opinião acerca deste projecto enquanto não houver sinais concretos de que a referida exploração irá avançar. 

Escrito por Brigantia

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