terça-feira, 18 de abril de 2017

No Nordeste Transmontano manteve-se viva a chama das tradições de Páscoa

Durante toda a semana santa e até ao domingo de Páscoa, foram várias as tradições da época que os transmontanos de religião católica fizeram questão de manter.
Muitos vivem em outras zonas do país ou até mesmo no estrangeiro mas fazem questão de vir até à sua terra Natal passar esta quadra com os familiares, exemplo disso é o casal Isabel e António. São naturais de Vila Flor, mas estão actualmente a viver em França
“Somos daqui mas actualmente vivemos na França e a Páscoa é a altura do ano que nós escolhemos para visitar a família e matar saudades de Trás-os-Montes, aproveitamos também para vir comer os folares e outras coisas que não se encontram em mais sítio nenhum do mundo”, explicam. 
Já Fernando Machado veio este ano com a esposa de Setúbal passar a Páscoa em Miranda do Douro e há tradições que não gosta de perder. “Se não chover venho cá nesta altura, se chover venho só em Agosto para as festas de Duas Igrejas e de Miranda do Douro, como de Setúbal aqui é muito longe não venho para depois aqui estar sempre em casa, eu gosto imenso da gastronomia e de vir para conviver com os amigos e gosto muito de assistir à missa de Páscoa na Sé em Miranda”, conta.
O Domingo de Páscoa começou bem cedo em algumas aldeias do distrito de Bragança com as tradições que os habitantes fazem questão de manter. Em Roios no concelho de Vila Flor, miúdos e graúdos tocaram durante todo o dia aos sinos igreja comemorando a ressurreição de Cristo. “Desde sempre me lembro de em Roios se tocar Aleluias nos sinos da igreja durante o Domingo de Páscoa e como o meu pai era quem tocava sempre ao sino nesta aldeia nas procissões eu apanhei o gosto com ele e sempre fiz questão de manter esta tradição e ensinar aos mais novos”, conta Serjo Lopes um dos habitantes que faz questão de manter esta tradição antiga.
Também o filho, Pedro Lopes, de apenas 14 anos, considera importante que este costume de Páscoa não morra. “Eu gosto, é divertido e acho importante que os mais novos aprendam, para que a tradição não morra com os mais velhos e se continue a praticar.”
Ainda durante a manhã celebraram-se as eucaristias e depois dos almoços em família foram muito os que abriram as portas de casa para receber a visita pascal.
Tradições de Páscoa que se mantêm vivas no Nordeste Transmontano. 

Escrito por Brigantia

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