Lago de Sanabria fica a apenas 55 kms de Bragança e recebe milhares de portugueses.
Uma hora de carro separa Bragança de uma das ‘suas’ mais concorridas praias: o Lago de Sanabria.
A reserva natural espanhola oferece um sossego - mesmo na época alta - que aquece o espírito e permite combater as águas frias do maior lago glaciar da Península Ibérica.
As paisagens de serra e bosques permitem uma fauna rica e uma flora variada, salpicada aqui e ali por cascatas e lagoas onde se pode fugir ao bulício do lago.
No vale do rio Tera, o lago de Sanabria - com uma superfície aproximada de 370 campos de futebol e a mil metros de altitude - tem concessões balneares e um centro de interpertação da reserva natural, num dos mosteiros que são miradouros para toda a extensão do lago. Em redor, trilhos para passeios a pé, bicicleta e cavalo. Serra da Culebra é refúgio das maiores alcateias ibéricas .
Poucos quilómetros a sul de Puebla de Sanabria, e apanhando Vinhais (Trás-os-Montes), a serra da Culebra tem a maior concentração de lobos ibéricos, uma subespécie vulnerável com apenas cerca de dois mil exemplares na natureza. É parte do Parque Natural de Montesinho, onde é conhecida por serra da Coroa.
Em Sanabria, um dos percursos mais frequentados é a ‘Senda de los Monjes’. Liga San Martín de Castañeda à aldeia de Ribadelago, destruída pelo rebentamento de uma barragem em 1959, com 144 mortos. Aldeia Comunitária A meio caminho entre bragança e sanabria fica a aldeia de rio de onor. Lugar comunitário e de fronteira, merece paragem e visita demorada. Do outro lado da fronteira fica Rihonor de Castilla.
Do lado português mora menos de uma centena de pessoas e lusos e espanhóis consideram-se a mesma aldeia, distinguindo-se apenas pelo ‘povo de baixo’ (Portugal) e ‘povo de cima’ (Espanha).
Quase extinto está o dialeto próprio, o rionorês, da família do mirandês. Os dois ‘lados’ da aldeia partilham um rebanho e um boi cobridor, bem como pastagens, a água e um moinho.
A gestão é feita pelos mordomos, indicados por um conselho de todas as famílias.
Por Sérgio A. Vitorino
Correio da Manhã
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