A família de um homem de 101 anos que em maio casou com uma empregada de 52 anos vai recorrer à Justiça para anular o matrimónio, apesar de o idoso já ter morrido há quase um mês.
A família de um homem de 101 anos que em maio casou com uma empregada de 52 anos vai recorrer à Justiça para anular o matrimónio, apesar de o idoso já ter morrido há quase um mês.
Três dos quatro filhos de Francisco Marcolino, falecido a 9 de julho, em Bragança, não vão baixar os braços e prometem levar até ao fim uma ação judicial para anular o casamento do pai.
Os familiares do milionário intentaram um procedimento cautelar e têm uma sessão marcada para a próxima sexta-feira, indicou o quarto filho, Amílcar Marcolino, que não se juntou aos irmãos na ação e é apenas testemunha no processo. "Eu estou do lado da Justiça", afirmou Amílcar Marcolino. Francisco Marcolino, dono de uma fortuna calculada em alguns milhões de euros, residia em Parada, Bragança, e casou-se em segundas núpcias com Rita Monteiro, a 4 de maio, no Registo Civil de Ribeira de Pena, a 80 km de Bragança. Três filhos avançaram com uma ação judicial para anular o matrimónio, por considerarem que o pai não tinha condições de tomar decisões. Os filhos avançaram com dois processos-crime por abuso de confiança contra a empregada e pediram o arrolamento dos bens, em dezembro.
Depois pediram a interdição ou inabilitação do pai, afirmando que se encontrava doente e sem capacidade para decidir. No âmbito desse pedido, o idoso foi submetido a uma perícia psiquiátrica no Tribunal de Bragança a 8 de junho, tendo sido transportado ao Porto, onde esteve internado 24 horas num hospital, para ser submetido ao exame.
A nora, Antónia Marcolino, adiantou que a perícia indica que, após 2011, o idoso estava incapacitado para tomar decisões, que não se lembrava se havia casado e que já encontrava totalmente dependente há cinco anos. Rita Monteiro escusou-se a prestar declarações.
Jornal de Notícias
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