terça-feira, 22 de agosto de 2017

O Debate das Autárquicas – BRAGANÇA

Todos vós sabeis que este blogue não “se mete” em politiquice. E nunca o fará.
No entanto, como cidadão e Bragançano tenho, por imposição moral, que me manifestar.
Olhai.
Tenho saudades do tempo em que pintei paredes e em que colei cartazes, sempre “do contra”. Do contra contra o sistema que sempre nos quiseram injetar e que, ao longo de décadas, nos quiseram fazer acreditar que não tinha alternativa.
Já não há contra. Em Bragança, não há contra.
Vi, e ouvi, o debate duas vezes.
Fiquei triste. Triste pelo que ouvi e pelo que não ouvi. Triste por ver que em Bragança a alternativa já não existe.
O atual autarca, e novamente candidato, até calado ganhava “pontos” e, consequentemente, o debate.
Uma oposição sem apresentar um único projecto. Uma oposição a limitar-se a dizer o que se diz todos os dias na mesa do café em qualquer tertúlia de amigos. Uma oposição...sem conseguir dizer o que faria, e como faria, de uma maneira diferente.
É mau, muito mau. Para Bragança e para a democracia.
Os velhos “democratas” de todos os partidos, demitiram-se. Ou comeram o sistema até ao tutano, para si e para os seus, e cansaram-se de barriga cheia.
Fiquei triste.
Nem uma ideia, um projecto estruturante. “Bocas” só bocas das que se atiram ao ar na mesa do café.
Uma oposição mal informada, mal preparada. Notório o desconhecimento dos “dossier´s”.
Os representantes, candidatos, são o espelho da classe política de Bragança.
Bragança não tem mais gente?
Mau, muito mau, o debate.
A situação apontou números. Números irrisórios, irrelevantes para as necessidades, é certo, mas são números. Não foram contestados.
Bragança poderá ser um exemplo da classe política que grassa no País.
Considero ESCANDALOSO que o principal (em teoria) partido da oposição autárquica, não tenha conseguido apresentar listas a todas as Freguesias. E não venham com estórias. A incapacidade foi só vossa. Jogos e joguinhos, sempre houve e haverá.
Não me excluo de responsabilidades. Falar, no caso escrever, é fácil.
Fiquei triste. Tudo bons amigos.
O “Poder” tem que estar entregue a gente séria e honesta. O poder tem que ser uma maneira de servir os cidadãos. E SÓ! Ser militante, ou simpatizante, identificado, de um partido não pode ser a entrada segura para um emprego na função pública ou autárquica.
O que faltou por dizer pela oposição?
Tanta coisa…
Até um dia…talvez.

HM

1 comentário:

  1. Debate de café, parco em ideias e vazio de soluções concretas para combater a desertificação do nosso concelho. Os candidatos não estiveram à altura do cargo que pretendem ocupar... Desilusão!

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