sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Vimioso vive situação "muito dramática" devido à falta de água

O presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, disse hoje que a falta de água é "muito dramática" porque o rio Maçãs e outros pontos de captação que abastecem o concelho, do distrito de Bragança, estão praticamente secos.
"Assumo que estamos a viver uma situação muito dramática no que respeita ao abastecimento de água ao concelho, disse à Lusa o autarca transmontano.

Jorge Fidalgo relatou que há duas semanas que há um transporte diário de cerca 600 metros cúbicos de água por dia, da barragem de Veiguinhas, em Bragança, para servir as localidades de Argozelo, Carção, Santulhão e Matela, "que é praticamente metade do concelho", adiantou.

Segundo o autarca, no resto do concelho, que é abastecido pelo rio Angueira, ainda vai havendo água para consumo, mas com regras já impostas e uma maior fiscalização por parte dos serviços municipais para evitar o desperdício.

"Emitimos um aviso à população que, em situações excecionais, a distribuição de águas poderá ser limitada apenas para consumo doméstico e para a pecuária e vamos encetar uma fiscalização muito rigorosa", frisou.

O autarca admite mesmo que os outros sistemas abastecimento que estão dispersos pelas freguesias do concelho, como furos artesianos, possam entrar em colapso e não ter água para o abastecimento público.

"Temos uma aldeia em que um dos furos artesianos secou e já estamos a abastecer a população com recurso a autotanques", explicitou.

Por outro lado, o autarca disse que foi hoje entregue à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) um projeto de alteamento dos açudes do rio Maçãs para que de futuro estas situações não se repitam.

"Temos dois projetos licenciados para a construção de represas, uma no rio Maçãs no montante de mais de um 1,5 milhões de euros e outra no rio Angueira no valor de cerca de 700 mil euros, só que o Governo nunca abriu avisos para o benefício de fundos comunitários para investir neste tipo de equipamento", lamentou o autarca transmontano.

Jorge Fidalgo disse à Lusa que já sensibilizou o Governo para este problema.

Agência Lusa

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