sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Oficiais e praças condecorados com a Cruz de Guerra

CRUZ DE GUERRA DE 4.A CLASSE
Capitão Teófilo Maurício Constantino de Morais (natural de Bragança), porque no dia 11 do corrente, vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade, imediatamente ali acorreu, conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado, dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo, zelo e extrema dedicação pelo serviço («Ordem de Serviço» nº 46 da 3.ª brigada de infantaria da 1.ª divisão do C. E. P. de 13 de Setembro de 1917).
CRUZ DE GUERRA DE 3.A CLASSE
O mesmo oficial, porque, durante toda a batalha de 9 de Abril de 1918, demonstrou compreensão do dever, coragem,energia e dedicação na direcção do sector a seu cargo, tendo contribuído para a admirável preparação moral evidenciada pelas guarnições das metralhadoras pertencentes ao grupo, acto extraordinário e individual de coragem e dedicação praticado nos campos de batalha em França, o qual merece ser devidamente registado por revelar muita dedicação à causa da Pátria e da Humanidade (Portaria de 3 de Julho de 1920. «Ordem do Exército» do dia 10 do mesmo mês).
CRUZ DE GUERRA DE 4.A CLASSE

Capitão Artur Pinheiro Coelho (natural de Castelo Branco, criado e educado em Bragança, onde vive desde 1894), porque no dia 11 do corrente, vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade, imediatamente ali acorreu conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado, dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo, zelo e extrema dedicação pelo serviço («O. de S.» nº 56 da 3.ª brigada de infantaria de 14 de Setembro de 1917).
CRUZ DE GUERRA DE 3.A CLASSE
O mesmo oficial, porque na batalha de 9 de Abril de 1918 comandou a 2.ª bateria do 1.º G. de M., tendo-lhe sido entregue o comando do grupo no acampamento de La Fosse, para com ele retirar, fez carregar todos os carros com diverso material, abandonando só aquele para que não havia solípedes para tracção e saindo só depois desse serviço feito com todo o pessoal debaixo de forma e na mais rigorosa disciplina, apesar do bombardeamento que se estava fazendo, dando assim provas de valentia, sangue-frio e nítida compreensão dos seus deveres («Ordem do Exército» nº 1 de 14 de Setembro de 1920).
CRUZ DE GUERRA DE 4.A CLASSE
Tenente Eugénio Rodrigues Aresta (natural de Moura), pelo modo como no dia 7 do corrente, debaixo de um intenso bombardeamento, instalou a guarnição de duas metralhadoras e promoveu o transporte, debaixo de fogo de cunhetes, de munições pertencentes a outro grupo, revelando assim as melhores qualidades de coragem, sangue-frio e decisão («O. de S.» nº 32 do Quartel General da 3.ª brigada de infantaria de 18 de Março de 1918).
CRUZ DE GUERRA DE 2.A CLASSE
O mesmo oficial, porque no combate de 9 de Abril de 1918 mostrou coragem e notável zelo pelo serviço, solicitando executar um importante serviço de ligação com risco de vida através de um intenso bombardeamento, serviço que procurou desempenhar até que foi atacado de gases, e depois de ter sido indicado pelo médico para baixar ao hospital, solicitou que tal se não fizesse («O. de S.» nº 133 do Q. G. do C. E. P. de 18 de Março de 1918).
CRUZ DE GUERRA DE 3.A CLASSE
Tenente Emílio Tito Ferreira da Silva Couto (natural de Vila Nova de Cerveira), pela coragem que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, conservando-se na sua posição apesar do forte bombardeamento que a atingiu e destruiu em parte, transmitindo e dando ordens à sua unidade, e ainda pelos grandes exemplos que sempre deu aos seus subordinados, deixando-se aprisionar só depois da sua secção ter sido feita prisioneira e destruída («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Alferes António Rodrigues da Silva Braga, pelo mesmo motivo indicado acima para o tenente Emílio Couto (mesma «Ordem do Exército»).
Tenente-médico Alfredo Barata da Rocha, porque no dia 9 de Abril de 1918, logo que começou o bombardeamento, se apresentou no posto de socorros do grupo, onde, sem cessar, atendeu os inúmeros feridos que chegavam de diferentes unidades, com a maior dedicação, conservando-se ainda no posto depois do grupo ter retirado, tratando feridos sob o bombardeamento, só abandonando esse posto quando pode evacuar os feridos, sendo por último atacado de gases, demonstrando assim abnegação, sangue- frio e nítida compreensão dos seus deveres profissionais («Ordem do Exército» nº 15 de 14 de Setembro de 1920).
2.º sargento Manuel Cavaleiro (natural de Bragança), porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, vendo que uma das guarnições das suas metralhadoras tinha sido dizimada pelo fogo inimigo, tomou conta da metralhadora, resistindo durante muito tempo, deixando-se aprisionar quando as munições lhe faltaram e quando recebeu uma descarga inimiga pela retaguarda («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Esta praça foi, por este motivo, promovida a 1.º sargento por distinção, contando o tempo desde 9 de Abril de 1918.
2.º sargento Joaquim Rodrigues de Carvalho, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, demonstrou muita coragem, heroicidade e sangue-frio, conseguindo que duas das suas metralhadoras resistissem até às onze horas e trinta minutos, impedindo o avanço do inimigo, rendendo-se quando já não tinha água para as metralhadoras e quando estavam já
quase esgotadas as munições («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
2.º sargento Joaquim Matias, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, tendo sido destruída a seteira de abrigo da posição de uma das suas metralhadoras, tentou montar essa metralhadora sobre o abrigo, não chegando com ela a executar fogo por haver sido cercado e aprisionado pelo inimigo (mesma «Ordem do Exército»).
1.º cabo-servente António de Jesus Pacheco, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, sendo destruída a posição, conseguiu salvar a sua metralhadora e fazer fogo com ela sobre o parapeito do reduto completamente abandonado pela infantaria, só se rendendo quando o inimigo o atacou pela retaguarda (mesma «Ordem do Exército»).
Esta praça foi, por este motivo, promovida a 2.º sargento por distinção, contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
1.º cabo-servente António Joaquim Rodrigues (natural de Bragança), porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, fazendo parte da guarnição de uma metralhadora, nunca a abandonou, nem mesmo quando o inimigo, com artilharia e morteiros, destruiu a posição, fazendo derruir a cúpula do abrigo, dando provas de um sangue-frio admirável na regulação do tiro, atirando mesmo, no cumprimento do seu dever, sobre os seus camaradas que eram levados debaixo de uma escolta para as linhas inimigas («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Esta praça foi, por este motivo, promovida a 2.º sargento por distinção, contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
2.º cabo-servente Hermenegildo Monteiro, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, vendo que alguns soldados de infantaria tinham retirado, saiu para fora da posição lançando granadas,nunca abandonando este serviço, apesar de junto dele ter caído morto um dos granadeiros que o auxiliavam, retirando para a posição só quando foi gravemente ferido («Ord. do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1918).
Esta praça foi, por este motivo, promovida a 1.º cabo por distinção, contando a antiguidade de 9 de Abril de 1918.
Soldado-servente Francisco António, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, combateu até ao fim com coragem e sangue-frio, tendo sido o primeiro que abriu fogo contra o inimigo, não abandonando a sua metralhadora, apesar de o inimigo o atacar à granada de mão («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Esta praça foi promovida a 1.º cabo por distinção, contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
Soldado-servente António Nunes, porque, na batalha de 9 de Abril de 1918, apesar do bombardeamento intensíssimo do inimigo, conseguiu, depois de grande trabalho e com risco de vida, levar a sua metralhadora à linha de fogo, salientando-se depois pela bravura com que defendeu à granada de mão a posição até ser ferido («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Esta praça foi promovida a 1.º cabo por distinção, com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
Soldado-servente Policarpo Mota, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, vendo que os granadeiros de infantaria tinham retirado, defendeu a sua posição à granada de mão, transmitindo a ordem de fogo às metralhadoras debaixo de um intenso bombardeamento («Ordem do Exército » nº 10 de 10 de Julho de 1920).
Esta praça foi promovida a 1.º cabo por distinção, com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
Soldado-servente António Baptista Borges, porque, fazendo parte da guarnição de uma metralhadora, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, e sendo o único que dela restou, auxiliou heroicamente o sargento que tomou conta da referida metralhadora, defendendo a posição à granada de mão até cair prisioneiro (mesma «Ord. do Exérc.»).
Esta praça foi promovida a 1.º cabo por distinção, com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918.
Soldado-servente Joaquim, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, foi por duas vezes debaixo de intensíssimo bombardeamento do inimigo, que destruiu a posição, retirar da mesma cinco cunhetes com pólvora que já estavam soterrados e sem os quais não podia fazer fogo («Ordem do Exército» nº 10de 10 de Julho de 1920).
Soldado-servente Manuel Joaquim, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, defendeu a sua posição à granada de mão, não querendo abrigar-se, apesar de a posição estar sendo enfiada por uma metralhadora inimiga, até cair mortalmente ferido (mesma «Ordem do Exército»).
Soldado-servente Luís Silva, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, sendo nomeado para ir substituir um dos agentes de ligação que tinha recolhido, atacado de gases, marchou com todo o sangue-frio e debaixo da barragem da artilharia para a sede do mesmo, conseguindo restabelecer as comunicações («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).
CRUZ DE GUERRA DE 2.A CLASSE
Soldado-ciclista Manuel João Pereira, porque no combate de 9 de Abril de 1918 pediu para acompanhar um oficial na execução de um importante serviço de ligação, com risco da vida e através de intenso bombardeamento, serviço que teve de cessar quando o oficial que o acompanhava foi atacado de gases, e teve por isso necessidade de o acompanhar (mesma «Ordem do Exército»).
Esta praça foi promovida a 1.º cabo por distinção, com a antiguidade de 9 de Abril de 1918.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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