sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Relação das condecorações conferidas a oficiais e praças do regimento de infantaria nº 10, de Bragança, na Grande Guerra

CRUZ DE GUERRA DE 1.A CLASSE
3.ª companhia do batalhão do regimento de infantaria nº 10 – Pela bravura que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, guarnecendo a extrema direita do sector português em ligação com as tropas britânicas,mantendo-se com a maior firmeza nas suas posições, opondo tenaz resistência ao avanço do inimigo até ser envolvida por forças extraordinariamente superiores, demonstrando coragem, patriotismo e alta compreensão do dever.
CRUZ DE GUERRA DE 2.A CLASSE
Casimiro da Glória Gonçalves, alferes miliciano do regimento de infantaria nº 30, promovido a tenente e condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, porque, tendo sido morto em combate por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918 o comandante da sua companhia, assumiu o comando desta, indo ocupar a esquerda da segunda linha do sector no momento em que o combate era mais intenso, resistindo valentemente ao avanço do inimigo sempre sereno e corajoso até que foi feito prisioneiro.
Augusto José Machado, alferes do regimento de infantaria nº 30, condecorado com a medalha Cruz de Guerra de 2.ª classe, pela extraordinária coragem e dedicação de que deu provas por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, oferecendo-se ao seu comandante de batalhão para vários serviços arriscados, que executou com desembaraço e serenidade, tanto mais de louvar que muitos desses serviços não eram das suas atribuições, tais como o remuniciamento, transmissão de ordens, socorro a feridos, que prestou com risco da própria vida, debaixo de bombardeamento inimigo.
Amadeu Humberto de Sá Morais, alferes, natural de Vinhas, concelho de Macedo de Cavaleiros, condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe pelo comandante do Corpo Expedicionário Português, por se encontrar nos termos do decreto nº 4403 de 1918, e «louvado porque, durante a sua longa permanência nas trincheiras como comandante de pelotão, fez um grande número de patrulhas, até em dias sucessivos por falta de oficiais, e mostrou sempre boa-vontade, muita competência, sangue-frio e abnegação no cumprimento dos seus deveres patrióticos e militares».
Capitão Augusto Adriano Pires, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, ocupando com a sua companhia o flanco direito do sector português em ligação com as tropas britânicas, tomou medidas acertadas e oportunas, dando provas de saber, serenidade, espírito militar e coragem, oferecendo uma eficaz resistência ao avanço do inimigo.
Tenente Jaime Augusto Teles Grilo e alferes Felismino Augusto da Fonseca Araújo, pela coragem e dedicação que manifestaram por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, cumprindo rigorosamente as instruções da companhia relativas a transmissão de ordens aos comandos das fracções, nas trincheiras, e execução de outros serviços.
Alferes Alípio Augusto, porque sendo e fazendo, portanto, parte do E. M. do Batalhão, sabendo das dificuldades nas ligações com as companhias, se ofereceu para ir à esquerda do subsector obter informações do que ali se passava, apesar do bombardeamento que então se fazia em todo o subsector, mostrando assim muito sangue-frio.
Alferes José Honorato Gomes Pereira, porque, estando de serviço na 1.ª linha, manifestou excelentes qualidades de comando, coragem e dedicação, concorrendo com o seu exemplo para que as praças se mantivessem nos seus postos de combate e lutassem até serem obrigadas, por um número esmagador, a renderem-se, não sem terem produzido bastantes baixas ao inimigo.
Guilherme Augusto Fernandes, alferes miliciano do regimento de infantaria nº 30, pela coragem e decisão que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, animando com o seu exemplo os seus subordinados e auxiliando o comandante de companhia com zelo e boa vontade.
2.º sargento Cassiano Luís Pires, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, se salientou pela sua bravura, sangue-frio e desprezo pelo perigo no desempenho de diferentes serviços que pertenciam ao cargo de 1.º sargento, que exercia, e reabastecimento de munições dos diferentes postos da 1.ª e 2.ª linhas, morrendo durante a batalha.
2.º sargento Tolentino Mendes Saldanha, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, comandando um posto de metralhadoras na 1.ª linha, manifestou muita coragem e sangue-frio, dando um belo exemplo aos seus subordinados.
CRUZ DE GUERRA DE 4.A CLASSE
Capitão António José Teixeira, por ter demonstrado, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, durante nove horas que durou o bombardeamento, muita serenidade, coragem e sangue-frio, desempenhando com presteza todos os serviços que lhe foram ordenados, conservando-se sempre apto ao desempenho dos seus deveres.
2.os sargentos Amadeu Carlos Bornes, Francisco das Graças RodriguesAdolfo Augusto, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, manifestaram energia e desprezo pelo perigo, confirmando os excelentes créditos em que eram tidos.
2.º sargento Gualdino Albano Fernandes, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, demonstrou muita coragem e sangue-frio durante o combate da sua companhia, dirigindo com acerto os seus soldados, dando-lhes assim um bom exemplo.
2.º sargento Álvaro Augusto Esteves, pela grande serenidade de que deu provas durante o bombardeamento de 9 de Abril de 1918, só abandonando a estação telégrafo-telefónica, da qual era chefe, quando a mesma foi destruída pelo fogo do inimigo e recebeu ordem para retirar.
1.º cabo Joaquim Domingos de Almeida e Castro, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, não se poupou a perigos, socorrendo feridos com risco da própria vida e demonstrando admirável dedicação.
2.º cabo António José e soldados Joaquim Maria Pires, Carlos Manuel Augusto dos Reis, Abílio de Jesus Madureira, José Maria CarvalheiraAugusto César, João António Ferreira, José Francisco Manuel G.Dias, Francisco António Clérigo, António Augusto Falcão, António Joaquim LopesAntónio dos Santos Trigo, Basílio Alves e Francisco José Pereira, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, mostraram em todas as circunstâncias muito sangue-frio, coragem e dedicação pelo serviço, cumprindo em condições muitas vezes perigosas os seus deveres profissionais com absoluto desprezo pelo perigo.
2.º cabo Sebastião Augusto Fernandes e soldados Francisco José MoquilhoAnacleto Pires, Alberto Carlos Moscoso e João Francisco Rodriguesporque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, sendo ordenanças do comando, da companhia e dos pelotões, asseguraram as comunicações com a 1.ª linha e entre os diferentes postos de combate com risco de vida, atravessando zonas batidas pela artilharia inimiga e demonstrando muita
coragem.
Soldado Francisco Maria Meirinhos, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, acompanhou com sacrifício da vida, carinhosa e dedicadamente, todos os feridos do posto de socorros da rue du Bois para o abrigo dos feridos.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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