sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Monsenhor António José da Rocha

Cónego da Sé de Bragança, professor de latim no liceu e seminário da mesma cidade e vigário-geral da diocese.
Nasceu em Caçarelhos, concelho de Vimioso, a 18 de Maio de 1836 e faleceu em Bragança a 25 de Fevereiro de 1930, sendo filho de Quintino José da Rocha e de D. Cristina Rodrigues Martins Morgado.
Fez os primeiros estudos em Vilar Seco, concelho de Vimioso, com o famoso latinista abade Madureira, e o curso teológico em Bragança. Foi professor de latim em Valpaços durante quatro anos, depois na Covilhã durante dezasseis e no liceu de Bragança desde 1878 até Março de 1906, ano em que se jubilou.
Tomou posse do canonicato na Sé de Bragança a 11 de Novembro de 1899. Deixou os seus bens, reputados no melhor de sessenta contos, à Santa Casa da Misericórdia desta cidade, à qual já em vida fizera vários benefícios (e por isso se conserva o seu retrato na sala nobre da mesma, entre os diversos beneméritos); a casa de habitação e os livros religiosos ao bispo da diocese e os outros livros ao Liceu de Bragança.
Pelo mesmo título das benemerências humanitárias apresentamos mais os seguintes: Francisco Joaquim Barreira, prior da vila de Fafe, natural de Bragança, filho de Manuel António Barreira. Recebeu ordens de presbítero em 1839, sendo mais tarde capelão militar.
Faleceu em Fafe em Novembro de 1881, vindo o seu cadáver a sepultar a Bragança, como dispusera em testamento. Deixou todos os seus haveres à Santa Casa da Misericórdia desta cidade, em cuja secretaria está o seu retrato, e no fólio 144 v. do «Livro das escripturas, foros, prazos e juros», existente no arquivo da mesma casa de caridade, a cópia do seu testamento.
António Manuel Afonso Condado, prior de Alcança, concelho de Mafra, que faleceu a 28 de Fevereiro de 1882, era natural de Espinhosela, concelho de Bragança, e filho de José Afonso e Teresa Condado. Deixou à Santa Casa da Misericórdia de Bragança todos os bens que possuía em Espinhosela.
Recebera ordens de presbítero em 1849.
Bento Manuel Gil de Figueiredo, natural de Vinhas, concelho de Macedo de Cavaleiros, doente acidentalmente na Ferradosa, concelho de Alfândega da Fé, fez testamento em 1877 e deixou herdeira universal de seus bens a mesma Santa Casa. Era filho de Domingos Gil de Figueiredo e de D. Teresa de Moura. Recebeu ordens de missa em 1831.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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