quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O ordenamento do território no concelho de Bragança possibilita aos bombeiros um combate eficaz às chamas

2017 foi um ano complicado para Portugal sobretudo, para as zonas que se viram a abraços com a catástrofe dos incêndios.
A seca e as temperaturas muito altas não ajudaram os bombeiros que mesmo com todo o esforço e ajuda não conseguiram salvar muitos hectares de floresta na zona centro.
No concelho de Bragança as centenas de ignições que houve, mesmo sendo algumas delas em local de difícil acesso nunca chegaram a ser preocupantes para as populações.
Uma situação que segundo o comandante dos bombeiros de Bragança, José Fernandes, se deve à eficácia dos seus homens, que ainda ajudaram a combater os fogos na zona centro.
“Tivemos dois incêndios em locais extremamente perigosos, com acessos complicados, com condições difíceis mas, sobretudo, a grande eficácia dos nossos bombeiros que em muito pouco tempo, questão de horas, os incêndios foram debelados e não atingiram grandes proporções. Felizmente também não tivemos ninguém ferido, nem nenhum acidente e isso é muito importante. Apoiámos ainda o país na zona centro.”    
Esta eficácia é justificada pela rapidez e o comandante fala mesmo da capacidade de intervenção musculada da corporação.
“Nós apostamos na eficácia, na rapidez e numa intervenção musculada, logo nos primeiros momentos.”
A eficácia dos homens não é a única razão, pois o número cada vez maior de castanheiros ajuda também a travar a propagação das chamas
“É verdade que não podemos comparar a realidade da zona centro. Graças ao grande número de plantações que tem estado a ser feitas, é evidente que os matos também são menores, há zonas tampão, zonas de contenção. Uma plantação de castanheiros faz com que o incêndio aí se detenha por alguns momentos. E dá-nos assim uma janela de oportunidades para o combater. O aumento crescente dos matos das silvas e a desertificação cada vez maior às vezes é que são uma dificuldade e por vezes propiciam a grandes incêndios. Este exemplo da plantação de castanheiros, de ordenamento do território faz com que os incêndios não sejam tão violentos como na zona centro, onde infelizmente os matos se prolongam sem zonas de tampão.” 
José Fernandes diz também que há coisas como “o vento, as temperaturas e a falta de chuva” que não se podem controlar e que são factores decisivos na propagação de um incêndio.
“ O que nós podemos controlar é tirar carga combustível ao incêndio, é fazer as zonas de contenção, criar mosaicos e retirar o que arde.”
A explicação do comandante José Fernandes para um verão verde em Bragança mesmo num ano em que as florestas de Portugal ficaram pintadas de negro. 

Escrito por Brigantia/ Foto: bombeiros de Bragança

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