segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Orçamento para 2018 do município de Bragança no valor de 37,6 milhões de euros aprovado

A assembleia municipal de Bragança aprovou o orçamento para o próximo ano no valor de 37 milhões de euros. O executivo do PSD apresentou as contas para 2018, que traduzem uma diminuição do valor global em relação ao orçamento deste ano, registando-se também uma diminuição da despesa e uma redução da dívida.
O presidente da câmara, Hernâni Dias, salienta ainda que a atracção de investimento e o desenvolvimento económico serão prioridades no plano para o próximo ano.

“Construímos o orçamento com base em premissas muito sólidas, naquilo que tem a ver com a redução da dívida, que não é grande, mas também com uma preocupação enorme de apoio na área social e no que toca à captação de investimento ao nosso concelho”, destacou.

Apesar de considerar que se trata da continuação dos orçamentos anteriores, o PS deu o benefício da dúvida e absteve-se por entender que a política no documento foi sufragada nas últimas eleições. Dinis Costa, o líder do grupo parlamentar socialista, referiu que este “é o primeiro orçamento de um novo mandato e é natural que as grandes opções do plano e orçamento reflictam aquilo que é a política que foi sufragada pelo eleitorado nas últimas autárquicas" e o PS quis dar “um sinal de boa vontade política”.

Também o Bloco de Esquerda se absteve visto que considera que o documento apresenta propostas com que o partido concorda, salienta António Anes.

“Foram apresentadas pelo presidente da câmara algumas propostas válidas que vêm ao encontro de algumas situações defendidas pelo BE, relativas aos benefícios das populações, investimentos, inclusive as barragens e charcas para rega e combate a incêndios, mas o bloco não pode estar de acordo com tudo, relativamente ao problema da ETAR o executivo não tem nada elencado para o resolver”, destacou.

Por seu lado, o CDS votou mesmo a favor do orçamento apresentado apesar de entender que há uma continuidade nas políticas e com algumas das quais o partido não concorda, segundo Armindo Carneiro Gonçalves.

“Este orçamento é de continuação das políticas em relação aos anteriores, mantém-se a política do abandono ao mundo rural, praticamente o dinheiro é gasto todo aqui na cidade”, criticou.

Já a CDU votou contra até porque, de acordo com Filipe Costa, não foi cumprido o preceito legal do estatuto de direito de oposição.

“Os partidos com assento na assembleia municipal devem ser chamados antes da aprovação do documento a darem a opinião sobre o documento e proporem a introdução de coisas que possa ter cabimento orçamental, isso não aconteceu e seria suficiente para votar contra. Mas há outra dimensão que tem a ver com opções políticas, que no seguimento de orçamentos anteriores, a autarquia insiste em aprofundar um caminho de transferências de responsabilidades na área da acção social para a economia social”, afirmou.

Com uma maioria reforçada desde as últimas eleições, o executivo não teve problemas em aprovar o orçamento que aposta em quatro vertentes: gestão interna e participação cívica, a coesão social, o desenvolvimento económico e competitividade e a reabilitação urbana. 

Escrito por Brigantia

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