domingo, 30 de dezembro de 2018

La Bella música italiana

Por: António Orlando dos Santos 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Quando na minha juventude ouvia música italiana, eu achava que aquele povo possuía um dom que Deus lhe concedera em paga de algo que ELE considerava de grande valia.
De facto muito de grande valia esse povo realizou, para glória do Altíssimo e deleite dos humanos.


Não vou aqui enumerar  "nessun cappo lavoro" mas não resisto a dizer algo sobre o meu gosto musical no tempo da minha juventude e que ainda hoje, quando calha ouvir algo que foi impressivo e recordo com gosto, sinto um misto de saudade e também um prazer que hoje é mais completo porque, durante o curso das minhas aventuras na estranja tive a fortuna de privar com gente italiana, particularmente no trabalho, aproveitando por acréscimo, ter apreendido um pouco da língua dos que me deliciavam cantando mas, eu não entendia completamente por falta de conhecimento dela.
Aconteceu que hoje por acaso encontrei no YouTube a canção mais bela, para mim, que o grande cantor-compositor que foi Domenico Modugno compôs e interpretou. E hoje pela primeira vez em todos estes anos consegui entender a lírica que é uma pequena obra de arte, uma poesia que depois de musicada se tornou num legado aos que gostam de coisas lindas: VECHIO FRACK! E passo a citar, esperando poder compartir com todos algo que é para mim a síntese de uma bela poesia entretecida numa belíssima melodia!
É giiunta mezzanotte/ Se spengono i rumori /Si spegne anche l'insegna/ Di quell 'último café/ Le strade son deserte/ Deserte e silenziose/ Un'ultima carrozze/Gigolando se ne'vá/ Il fiume scorre lento/ Frusciando sotto il ponte/ La luna spende in cielo/ Dorme tutta la citá/ Solo vá un uomo in frack/. Ha il cilindro per cappelo/ Due diamanti per gemelli/ Un bastonne de christallo/ La gardenia nell'ochiello/ E sur candido gilé/ Un papillon, un papillon, di seta blu/ Se avicina lentamente con incendere elegante/ Há l'aspecto trasognato/ Malinconico ed assente/ Non si sa da dove vien/ Ni dove va ,qui mai sará/ Quell'uomo in frack?/ Bon nuit, buon nuit,buona notte/ Va dicendo ad ogni cosa/ Ai fanali iluminati/ Ad un gatto innamorato/ Che randagio se ne va/ lalalala,lalalala/ É giunta ormai l'aurora/ Se spengono I fanali/ Si sveglia poco a poco/ Tutta quanta la cittá/ La luna s'incantata,sorpresa e impallidita,pian piano scolorando/ In il cielo sparirá/ Sbadiglia una finestra/ Sul Fiume silenzioso/ E nella luce bianca/ Galleggiando se ne van/ Un cilindro,un fiore e un frack/. Galleggiando dolcemente e lasciando se cullare/ Se ne scende lentamente,sotto i ponti,verso il mare,verso il mare/ Se ne vá,qui mai sará quel uomo in frack?/ Adieu,adieu,adieu/ Addio al mondo / Ai ricordi del passato ad un sogno mai sognato/ Ad un'attimo d'amore/ Que mai piú ritornerá ...../ Lalalala,lalalala , Fine. Autor: Domenico Modugno.
Todo o poema é simétrico, e flui sem impedimento, como se fora o tal Fiume (Rio) que (se ne scende lentamente) e de par com a melodia nos transporta a algo de misterioso. Reparem que quando se (sbadglia una finestra) se apresenta a aurora sobre o rio silencioso e é como que o apogeu do poema. A partir dali tudo é descendente mesmo que possua toda aquela harmonia das coisas que se finam para outras despontarem.
O homem que usava o frack mantém-se misterioso e o sentimento de perda se explica com (Ad un attimo d'amore, que mai piú ritornerá).
Enfim foi uma tarde linda a que me calhou hoje em sorte. Como quando era jovem vibrei com a genialidade de Domenico Modugno. Grazzie mille a lui. E Obrigado a quem teve a paciência de me ler.






Bragança 29/12/2018
A. O. dos Santos
(Bombadas)

Jovem de 16 anos morre atropelado em Bragança

Acidente ocorreu pelas 16h da tarde deste domingo.
Um jovem de 16 anos perdeu a vida na tarde deste domingo, depois de ter sido atropelado por um veículo ligeiro de passageiros na Estrada Nacional 15, à entrada da cidade de Bragança. 
À chegada ao local das equipas de emergência médica, a vítima já se encontrava em paragem cardiorrespiratória e, apesar de terem sido realizadas manobras de reanimação, o óbito foi declarado no local.

Para a ocorrência, cujo alerta foi dado pelas 16h07, foram encaminhados 10 operacionais, apoiados por cinco veículos dos Bombeiros de Bragança, do INEM e da Guarda Nacional Republicana, confirmou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança ao Notícias ao Minuto.

Filipa Matias Pereira

O Salão de Atos do Teatro Municipal de Bragança contou com a presença de autarcas para assinatura de Acordos de Execução.

UTOPIA

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas..."


As cicatrizes deixadas,
tatuagens na alma tatuadas.
As impressões digitais,
na pele gravadas!
O sonho lapidado,
em mármore frio e branco
e os olhos,
que percorreram as curvas sinuosas do corpo,
fecharam-se na cegueira da ilusão!
Tudo terminou!
Tudo passou.
Tudo teve um fim.
Hoje são apenas meras utopias…
Puras demagogias,
Gélidas recordações 
Lembranças de mim!
Numa encruzilhada qualquer, 
numa qualquer rua,
numa qualquer cidade,
numa qualquer vida!
Numa outra encarnação!
Os beijos, são apenas lábios,
roçando outros lábios,
outras bocas,
a enganar outro coração!
O amor…
outro abraço o acolheu.
em momentos sem palavras,
Numa ausência a cintilar,
nas luzes apagadas da cidade.´
No filtro do último cigarro
Que ardeu lentamente…
Drasticamente devagar!

Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.


Participei nas colectâneas:
POEMA-ME
POETAS DE HOJE
SONS DE POETAS
A LAGOA E A POESIA
A LAGOA O MAR E EU
PALAVRAS DE VELUDO
APENAS SAUDADE
UM GRITO À POBREZA
CONTAS-ME UMA HISTÓRIA
RETRATO DE MIM.
ECLÉTICA I
ECLÉTICA II
5 SENTIDOS
REUNIR ESCRITAS É POSSÍVEL – Projecto da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina
Livros editados:
-O ROSEIRAL DOS SENTIDOS
-SUSPIROS LUNARES
-DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO
-ENTRE CÉU E O MAR
-UMA ETERNA MARGARIDA

Aprovado orçamento de mais de 21 milhões de euros para o município de Macedo de Cavaleiros em 2019

A assembleia municipal de Macedo de Cavaleiros aprovou esta sexta-feira o orçamento para 2019, que se aproxima dos 21 milhões e 400 mil euros.
Uma realidade bem diferente da deste ano, para o qual foi aprovado um orçamento de menos 4,6 milhões de euros, o que não cumpria o princípio do equilíbrio orçamental, questão essa que já foi ultrapassada, explica o presidente, Benjamim Rodrigues:

“Não podemos deixar de destacar neste capítulo dois factos relevantes: vamos cumprir o princípio do equilíbrio orçamental, regra que não cumprimos no exercício económico que agora termina, facto que se prende com o desequilibro favorável entre a despesa e a receita de capital. Ou seja, o montante da despesa de capital é superior ao montante da receita de capital, o que significa que financiamos investimento com receita corrente.”

Benjamim Rodrigues destaca algumas das obras previstas para o próximo ano:

“Reabilitação energética do edifício dos Paços do Conselho, reabilitação do quartel da GNR, requalificação da Escola Básica e Secundária, aquisição do edifício F do Instituto Piaget, reabilitação do edificado e arranjo paisagístico do Bairro São Francisco de Assis, a realizar nos exercícios de 2019 e 2020, aquisição de terrenos para o Parque Urbano, pavimentação da Rua Pereira Charula em Macedo de Cavaleiros, abertura da estrada entre o Lombo e Balsamão a realizar nos próximos dois anos. Vamos ainda fazer a pavimentação da avenida Nossa Senhora de Fátima em Vilarinho de Agrochão, a realizar também nos próximos dois anos, arruamentos diversos e outras comparticipações em freguesias, reabilitação energética da iluminação pública do concelho, reabilitação do Centro Hípico de Grijó, infraestruturas na zona industrial, valorização da Linha do Tua no troço de Macedo de Cavaleiros, criação de infraestruturas desportivas no Azibo e, por fim, realização de eventos que visem reforçar as potencialidades do concelho, tais como a Feira da Caça e do Turismo, Feira de São Pedro, Feira da Agricultura, Festival de Música Tradicional e outros festivais que vamos implementar este ano.”

Entre as verbas e apoios, há também algumas diferenças, acrescenta o presidente:

“Vamos aumentar as transferências para as freguesias, mediante o novo acordo de execução de competências, a propor no início do ano, no valor de 250 mil euros.

Aumento da verba disponibilizada para bolsas de estudo, que passam de 15 mil para 30 mil euros.

Apoio a associações de índole cultural, social, desportiva e outras, com uma dotação de 100 mil euros e ainda outros apoios a clubes desportivos do concelho no valor de 85 mil euros.

Apoio à associação humanitária dos bombeiros voluntários em 141 mil euros.”

Já no que respeita à regularização das dívidas, o edil fala em acordos que vão permitir criar uma “folga orçamental” :

“Está orçamentada a questão da dívida proveniente da água e saneamento, em concreto a referente a dois acordos de cedência de créditos à caixa de crédito agrícola, os quais totalizam um montante de 7 milhões, 543 mil e 784 euros, aos quais acrescem juros a liquidar nos próximos quatro anos. Nesta proposta, prevê-se já a previsão de pagamento no ano 2019. O êxito desta operação vai permitir uma folga orçamental para os anos subsequentes.

No que se refere aos serviços e obras executadas sem registo contabilístico no mandato anterior, estas encontram-se orçamentadas num montante aproximado de 760 mil euros.”

Do lado da oposição, José Madalena, deputado do PSD, chama a atenção para as perdas de água que representam 3,6% do orçamento municipal que, diz, vão pelo “cano abaixo”:

“Quando vemos na receita o valor da venda de água de 750 mil euros, e depois vamos à despesa e vemos que na compra da mesma está o montante de um milhão e 435 mil, reparamos que estão aqui 785 mil euros de água que desaparece.

Temos perdas de água substanciais, o que significa que, neste momento, temos 3,6% do orçamento municipal que vai literalmente pelo cano abaixo, e preocupa-me ver que só estão inscritos 15 mil euros para a manutenção das redes de abastecimento de água.

Questiono se isto será suficiente.”

Ao que o autarca responde:

“Sabemos que temos condutas em muito mau estado e estamos a tentar resolver isso.

Claro que o valor que consta do orçamento não chega, é um princípio. A equipa técnica já está no terreno, vai-nos dar soluções, como também muito bem trabalhou nesse sentido o anterior executivo.

No entanto, digo-vos que está acordada uma candidatura no âmbito da CIM que prevê cerca de 3 milhões de euros para reparação de condutas e saneamento.”

Também da oposição, o deputado Nuno Morais acusa que o orçamento não contempla apoios para a agricultura:

“É quase uma vergonha para nós aprovar este orçamento sem ter aqui um investimento, por mínimo que seja, na agricultura.

Estamos a perder produtores, animais e gente. Os macedenses vivem com o que existe hoje e não com aquilo que vai existir daqui a alguns anos.

Como tal, peço um apoio premente neste setor.”

Neste campo, além do gabinete de apoio ao agricultor que deverá começar a funcionar em breve, Benjamim Rodrigues adianta uma outra novidade:

“Brevemente, iremos ter um gabinete móvel que prestará cerca de 250 serviços às populações no local.

Portanto, isto é um projeto global da CIM que permitirá que tenhamos uma viatura disponível para ir às aldeias e ajudar, inclusive, a fazer candidaturas.”

O orçamento para 2019 do município de Macedo de Cavaleiros foi aprovado por maioria, com 2 votos contra e 26 abstenções.

Escrito por ONDA LIVRE

Miranda do Douro recebeu mais uma edição do Festival Geada, numa forma de “Derretir L Carambelo”.

sábado, 29 de dezembro de 2018

ACTAS DIURNAS: VESPÚCIO NÃO SUBIU O RIO ASSU

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
São Paulo - Brasil
Prólogo do ACAS

Segundo alguns historiadores, o ano era 1499. Aqui em Pindorama, abaixo do Equador, é mito que Américo Vespúcio, sem o saber, avançou do mar para o Rio Assu, sem perceber o fato. Ocorre que, quando ele na qualidade de comandante do navio, após julgamento sumário, decidiu por “fazer andar na prancha” um marinheiro pernicioso e malvado, deslumbrou-se quando o tal bandido caiu n água, de olhos vendados e que, numa alegria ímpar, para quem foi sentenciado à morte, gritava a plenos pulmões que a água era ”doce”. Demorou um enorme tempo, até que Vespúcio pediu a um marujo que se atirasse n´água e conferisse o que o bandido estava dizendo. 
Era verdade, segundo o mito! Vespúcio estava em rio de água doce, dentro do continente do país que haveria de ser o Brasil.

Américo Vespúcio contribuiu significativamente com registros sobre o Brasil, durante a viagem comandada por Gonçalo Coelho que partiu de Lisboa em 10 de maio de 1501 (*). Após seu primeiro e breve contato com D. Manuel I, ocorrido em fevereiro de 1500, Américo Vespúcio, em uma esquadra comandada por Gonçalo Dias, zarpou ruma às Canárias, logo após resolveram parar em Bezeguiche, localizado à frente do Cabo Verde, onde então houve um momento de coincidências com embarcações, também ali paradas, pertencentes à esquadra de Pedro Álvares Cabral e Diogo Dias. Este memorável encontro gerou a certeza, por parte dos comandantes e do próprio Vespúcio de que estava percorrendo um novo continente, um “novo mundo", diferentemente da afirmação de Colombo em 1492. 
Em 15 de junho de 1501 Vespúcio segue rumo ao Brasil, sob comando de Gonçalo Coelho. A esquadra era formada por três caravelas. De acordo com Ricardo Fontana, um dedicado estudioso do assunto, a partir deste momento o desejo de novas aventuras começara efetivamente para Américo Vespúcio, pilotando uma das embarcações da esquadra. Em agosto de 1501 as três caravelas da esquadra ancoram na Praia de Marcos, litoral do atual Rio Grande do Norte. 
O primeiro contato dos marujos com os nativos do Brasil aconteceu somente após o primeiro dia já em terra firme. Contato este que, na verdade, foi desprezado por parte dos nativos, que ignoraram todas as quinquilharias, oferecidas pelos homens de Gonçalo Coelho.

O texto a seguir, de autoria de Luís da Câmara Cascudo, datado de 1947, é passado para vosso conhecimento.

(*): Como veem, Américo Vespúcio esteve no Brasil após a descoberta por Pedro Álvares Cabral, em 1500; e não em 1499, conforme afirmam alguns estudiosos. Portanto é falsa a ideia de que ele era precursor de Cabral em terras onde se situa o Brasil atual. O fato de se dar o nome de América ao continente partiu de um cartógrafo francês, Monsenhor Martin Waldseemüler, que sugeriu o nome “Amerige” para o continente, o qual acabou por se transformar em América. Cristóvão Colombo, que era quem mereceria a honra, revelou-se rancoroso, desatento, omisso, assassino de silvícolas, e mal preparado, quando da sua volta a Portugal, onde havia sido recebido como herói. Os monarcas o fizeram crer que não tinha honra nem dignidade, não sendo merecedor para ser homenageado com a honraria de dar nome a um continente.

Segue texto de Câmara Cascudo

Depois da publicação do Falsos Precursores de Cabral, do historiador Duarte Leite (1922) não apareceu resposta para defender a prioridade espanhola no descobrimento do litoral brasileiro. Diego de Lepe, Pinzon, Alonso de Hojeda continuam chegando à terra do Brasil para quem não leu o monumental trabalho do grau e pesquisador português. Não lhe deram resposta. 
Duarte Leite exibira documentação excepcionalmente valiosa pela interpretação científica excluindo, prática e realmente, as viagens dos castelhanos ao Brasil antes de 1500. Vamos convencionar que Alonso de Hojeda tenha atravessado a equinocial e molhado a proa de sua nau nas águas barrentas do rio Assu em junho de 1499. Estou certo que não se deu tal episódio mas combinemos na impossível veracidade do facto. 
A bordo da nau de Hoje da vinha o florentino Américo Vespúcio, a mais feliz e discutida figura de aventureiro de que há notícia naquele final do XV e começo de XVI século.

Este Vespúcio que não descobriu coisa alguma na sua vida deu nome ao continente inteiro. Colombo e Pedro Álvares Cabral não tiveram essa honra. Vespúcio é oficialmente o pai de uma criança inteiramente estranha às suas atividades. Aqui no Rio Grande do Norte há uma lenda, teimosa como jumento andaluz, dando mestre Vespúcio como descobridor do Apodi, imaginem, nem mais e nem menos que uma subida pelo rio Assu e fundação de feitorias lá em cima! Não há, naturalmente, uma só letra de verdade nessa tradição oral, invenção pura, mas sempre citada como verdadeira. 
O próprio Vespúcio escreveu quatro cartas, Lettera, aos amigos, contando as façanhas. Na segunda das Lettera conta que viu terra alagada e baixa, sulcada por grandíssimos rios que a inundavam. Debalde tentou Hoje da vinha abordá-la. Não conseguindo, levantou âncoras e velejou entre levante e sudeste pela costa adiante, isto é, para o sul e por espaço de quarenta léguas tentaram desembarcar, mas foi tempo perdido. Estou copiando as frases do mestre Vespúcio na segunda Lettera. 
Onde está a documentação de Vespúcio subindo o rio Assu? Onde ficou registro da fundação e alguma coisa nessa parte norte rio-grandense onde o florentino não pode pisar? Não era tempo de acabar com essas visagens do outro tempo? A História é uma senhora extremamente séria...

Luís da Câmara Cascudo
Diário de Natal, 13 de outubro de 1947


Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. Nascido em julho de 1946, é natural da zona rural de Cravinhos-SP (Brasil). Nascido e criado numa fazenda de café; vive na cidade de São Paulo (Brasil), desde os 13. Formou-se em Física, trabalhou até recentemente no ramo de engenharia, especialista em equipamentos petroquímicos.  É escritor amador diletante, cronista, poeta, contista e pesquisador do dialeto “Caipirês”. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos” e quatro em antologias, junto com outros escritores amadores brasileiros. São seus livros: “Pequeno Dicionário de Caipirês (recém reciclado e aguardando interesse de editoras), o livro infantil “A Sementinha”, um livro de contos, poesias e crônicas “Fragmentos” e o romance infanto-juvenil “Y2K: samba lelê”. 

POR BEM FAZER MAL HAVER

Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Na época da descolonização “exemplar”, retornou a Portugal, na companhia da família, trabalhador, que imigrara para Angola. Por lá angariou sustento, amealhando um pouco para a velhice.
Com ele, além dos filhos e mulher, trazia apenas malote, com roupas e objetos pessoais, que conseguiu reunir, na pressa de fugir do racismo, que campeava, nesse tempo, em terras africanas.
Desembarcou em Lisboa, como muitos, que em desespero, abandonaram: emprego e bens. Após percorrer hotéis, apressadamente alugados, para acolher “retornados”, assentou viajar para a cidade do Porto.
Ansioso, buscou emprego; implorou auxílio; e, quando pensava partir para o Brasil, deparou alguém, que, condoído com a triste situação, autorizou que se abrigasse em moradia, com largo terreno, que possuía nos arredores.
O homem agradeceu penhorado; declarando: ficar, para sempre, devedor do benfeitor, e tratou de cultivar o terreno e procurar trabalho.
O tempo passou… Passaram dois ou três anos…, e o dono da casa, que por caridade o acolhera, querendo desfazer-se da propriedade, procurou-o, para avisar a venda da área.
Foi recebido de mau modo; e ameaçado com revolver aperrado:
-”Fuja daqui!… Não respondo, se lhe meter bala no bucho!…”
Receoso, fugiu. Pediu conselho a advogado. Este, esclareceu: que seria difícil despeja-lo. O mais acertado era esperar tempos melhores, que sempre chegam…
Assim fez. O tempo tornou a passar…Entretanto, o benemérito, faleceu…
Decorridas quatro décadas, passei por lá. Havia novos arruamentos e prédios novos no terreno.
Desconheço a quem pertencem ou pertenciam; apenas sei: que por bem fazer, mal haver.
Se não tivesse coração piedoso, não teria arranjado trabalhos para a velhice…
Esta história verdadeira, lembra outra: e do menino que se condoeu de serpente enregelada, aquecendo-a ao peito. Recuperando os sentidos, mordeu o benfeitor.
É bem verdade, o dito popular:

POR BEM FAZER, MAL HAVER…”


Humberto Pinho da Silva, nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA.Foi redactor do jornal: “Notícias de Gaia"” e actualmente é o responsável pelo blogue luso-brasileiro: " PAZ".

De Alfandega da Fé, ao Colonato da Cela…

Por: Silvino dos Santos Potêncio
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..")
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil – desde 1979

No início dos anos 60 do século XX o Governo de Portugal abriu um programa para incentivar a Colonização dos territórios ultramarinos. 
Com isso,  era a intenção do Governo aliviar as dificuldades da população rural do interior de Portugal Ibérico e aumentar a presença populacional nas Colônias, principalmente Angola, Moçambique e Guiné, onde havia muito terreno para se cultivar e gerar riqueza. 
Os responsáveis pelo cadastramento das famílias voluntárias para irem para as Colônias era feito na Camara Municipal do Concelho onde residissem, ou onde fosse a origem de um dos Conjuges. 
Como a Ti Julieta era natural dos Colmeais, lá fomos todos no mesmo dia para a Camara de Alfandega da Fé, e por isso vos deixo aqui a  minha crônica alusiva a essa viagem que,  por certo, foi a ultima vez em vida, que se reuniram os 8 filhos do Ti Zé Artur;  todos juntos num mesmo lugar nas escadarias da Camara Municipal de Alfândega da Fé!.

Uma vez que a nossa família tinha também origem nesta Aldeia situada na encosta da Serra de Bornes, em um ponto mais elevado e já pertencendo ao Concelho de Alfandega da Fé, achamos por bem incluir aqui um capitulo especial pela influencia que teve na nossa formação pessoal nascido em Trás Os Montes.
E este foi um dos episódios mais marcantes que aqui deixamos na memória, a quem interessar possa...

- Aldeia dos Colmeais, Concelho de Alfândega da Fé; na primavera de 1960 em frente aos Paços do Concelho e da Câmara Municipal,... estávamos ali todos! 
A Familia dos Potêncios de Caravelas: Pai e Mãe com os oito filhos. 
 -  E esta foi a única vez na vida, de minhas  lembranças,  em que os “Potêncios” do Ti Zé Artur e da Ti Julheta, - 8 filhos e mais o casal - jamais estivéramos reunidos num mesmo lugar todos juntos sem ser na nossa velha casa em Caravelas e mesmo assim depois de adultos era muito raro sentarmo-nos todos a volta da mesa da Sala;
-  éramos uma fonte de  trabalho considerável (dizia o encarregado do angariamento de emigrantes internos prontos e aptos para seguirem para Angola).
 - Estávamos todos ali, tal qual um verdadeiro “Egas Moniz” (não o do prémio Nobel, mas o da corda no pescoço, Dom Egas Moniz Aio de Dom Afonso Henriques!)...E o meu Pai estava ali às portas do castelo do "rei estrangeiro" (vulgo Camara Municipal do Concelho!) para pedir terras para trabalhar, e nós nos prostramos em silêncio debaixo das Arcadas da Camara Municipal à espera!. 
– Nós queríamos emigrar e fazer parte do programa de povoamento pacífico então engendrado e implantado parcialmente pelo governo da época, como forma de lançar as bases locais da tal imaginária “commonwealth” Lusitana!, quiçás imaginada já pelo então seguidor do Velho Botas, o Ti Salazar (data vênia). 
Assim e pelas nossas vidas,  quem sabe,  nós teríamos direito a uns míseros hectares de terra no Colonato da Cela, local alcançado depois de subir a ladeira da Quibala - Provincia do Cuanza Sul  em Angola!
...de qualquer forma era bem melhor do que o  “palmo de terra” que tínhamos na encosta do “vale das chouras” que nem era lavrado, era só cavado porque lá não cabia sequer a charrua com uma “tremonzela” atrelada a uma junta de bois!... quando muito uma parelha de Burros que o Ti Zé Artur tinha naquele tempo. 

- Lá de dentro da Camara de Alfandega da Fé veio um funcionário e chamou: 
-Ó Ti Zé Artur!,...
 (Deus é servido por ele já desde o dia das mentiras do ano de 1969! ---  a benção Pai!! A benção Pai meu e Pai Eterno! meu querido Pai, meu Velho carpinteiro de Caravelas,  como o foi o Nosso Senhor!.)
-  Ó Ti Zé Artur!,... olhe,  já os não posso a-registrar (*) aqui no Concelho d’Alfândiga home.
- Era p’ra “voismecês” virem cá in  janeiro e já estemos na primabera!...
--  peis é!, o mais novo andava lá em Macedo a estudar, o outro andava c’ôas cabritas e os borregos!, ---
- - - ou tenho estado doente e prontos!,... olhe só hoje é que os  pudemos bir cá a trazer a todos os filhos que  temos, que são OITO, os outros 3 Deus não permitiu que “xigassem” cá!... ataão num bamos p’ra Angola!!??
Não!, não podem ir!
- Só se forem por Mirandela  !...
-  Pode ser que lá inda tenha baga!... 
-Peis é home, beja lá,  que o regedor me disse que lá tem muita terra boa p’ra trabalhar, e olhe!,... fale aí c’o xenhor presidente da “cambra”!...
 – Nós inté semos parentes distantes por parte do meu Avô de Vilar do Monte do Sr Ministro Adriano Moreira (saravá professor doutor onde estiver!...) aquele qu’é o doutor lá de Grijó de Bal benfeito!,.. olhe qu’ele inté esteve lá na terra no ano passado e dezia que eu com estes meus rapazes todos,  o milhor era ir p’ra lá p’ró tal do “ultramário”!... qu’ele inté era ministro lá, etc e tal e coisa...

...??? e assim como fomos a Alfandega da Fé, de lá viémos pelos caminhos do Alto  da Serra, das Bouças passámos pelos Colmeais e enfim viémos de volta a Caravelas. 

Não teve jeito!... o Ti Zé Artur se foi para sempre!, sem nunca poder emigrar e ir a Angola a ver as terras dos meus irmãos!, que as tinham lá pois nós fomos uns quatro  mais tarde emigrados para Angola, com recursos próprios e sem esmola nenhuma dos ministros da capital! 
E hoje também já o não podemos reclamar, há documentos das terras mas não as queremos mais!,...pra quê? 
 NADA!.... nós não queremos de lá mais nada, eu pelo menos!... não espero nada! nem de ministros nem de ministérios!!!
-- Nous en passée (de fininho, como dizem os emigrantes “avecs”)!
Voltamos p’ra casa e no caminho fizémos uma parada nos Colmeais!  - (Aldeia onde, na encosta da serra de Bornes, a Minha Mãe nasceu e também já lá está, na Graça de Deus! ( a benção Mãe!).
Oh, vã tentativa de emprego! 
- Ó Gente pobre e emigrante que só sabe sonhar!,... e eu sonhava lá no alto da Serra de Bornes, ou na varanda da casa da Tia Berta, que tinha sempre a porta aberta!... como boa tradição da terra... entrávamos pela porta debaixo como quem vinha da fonte e saíamos pela porta de cima que dava para o caminho das Bouças e para o Alto da Serra.
Toda a vez que eu ia aos Colmeais,  eu ficava ali a olhar da Varanda do nosso Tio Francisco para um Pombal que ficava do outro lado da Aldeia e me admirava como é que as pombas iam e vinham com toda a liberdade e elas sabiam a volta ao ninho sem nunca se enganarem!?...
Havia outros pombais mas elas sabiam sempre qual era o delas e eu sonhava... 
Eu sonhava enquanto escutava o canto triste e monótonamente Transmontano, das Fiadeiras do linho curtido no Ribeiro da Fonte Fria ou no Ribeiro do Cóvo para depois ser fiado e entrançado nos teares  do Povo,  antes de levar as mantas a Mirandela por onde se ia ao atravessar o "Vale da Parada" que na realidade nem é um Vale e sim um planalto que fica sobranceiro a Mirandela, logo acima da Ladeira da Freixedinha!

Nota do Autor: Texto parcial extraído e revisado do Meu Livro de Crônicas da Emigração! 


Silvino dos Santos Potêncio, nascido a 04/11/1948, é natural da Aldeia de Caravelas no Concelho de Mirandela – Trás-Os-Montes - Portugal.
Este Autor tem centenas de crônicas, algumas já divulgadas sob o Título genérico de “Crônicas da Emigração”.  Algumas destas crônicas são memórias dos meus 57 anos na Emigração foram incluídas nos Blogs que todavia estão inacessíveis devido ao bloqueio do Portugalmail.pt, porém algumas foram já transcritas para a Página Literária. 
Presidente Fundador do Clube Português de Natal e Membro activo de várias páginas em jornais virtuais ligados ao Mundo da Lusofonia.
01 – POEMAS DE ANGOLA – “Eu, O Pensamento, A Rima!...”
02 – E-Book (Livro Electrônico): “UM CONVITE P’RA TOMAR CHÁ”
03 - CURRIÇAS DE CARAVELAS- TROVAS COMENTADAS é uma Antologia que contém  Trovas  e Textos Auto Biográficos da Aldeia Transmontana. 
        São livros da minha autoria já prontos para Edição e publicação brevemente. 
Actualmente mantenho uma página literária própria, como Emigrante Transmontano em Natal/Brasil, no Portal Recanto das Letras.   
O sitio do Escritor Silvino Potêncio  www.silvinopotencio.net  está aberto a visitas de todos os leitores de Lingua Portuguesa. Conta já com mais de 56.000 visitantes à data actual. 
Muito grato pela Atenção e receba um Forte e Fraterno Abraço. 

Endereço atual para contato: 

Silvino Potencio
Rua Maçaranduba Nº 7838 – Bairro Pitimbu – Conjunto Cidade Satélite
59067-610 – NATAL – BRASIL 
Email: sspotencio@yahoo.com.br
SKYPE: sspotencio 

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Vila Flor pede diálogo aos CTT para reverter o encerramento do serviço postal

O presidente da Câmara de Vila Flor disse hoje que quer dialogar com a administração dos CTT para reverter o encerramento dos correios, afirmando que tem um espaço disponível no centro da vila para acolher os serviços postais.
O posto dos CTT foi encerrado, tendo os seus serviços passado a ser prestados no quiosque de uma superfície comercial longe do centro da vila.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Vila Flor, Fernando Barros, avançou com uma proposta para que os advogados do município e dos CTT, em conjunto com a administração da empresa, tentem o diálogo para reverter o encerramento da estação de correios, com a promessa de ser cedido um espaço "nobre" mesmo no centro da vila, com as devidas condições de funcionamento para o serviço postal.

"As instruções dadas aos nossos advogados vão no sentido de promoverem uma reunião com os representantes legais e com a administração dos CTT para que se promova uma reunião entre as partes, para que tudo seja clarificado para bem das populações", explicou o autarca transmontano.

Segundo Fernando Barros, só através do diálogo se poderá demonstrar a vontade que a Câmara tem em resolver esta situação que, em sua opinião, " é prejudicial para os habitantes do concelho".

"Nós já tínhamos preparado um espaço em Vila Flor, sempre em diálogo com a empresa CTT, para o funcionamento do Posto de Correios. Esta solução de colocar os serviços postais num supermercado, situado na periferia da vila, está a causar mau estar na população, desde o passado dia 26 de dezembro", vincou o responsável.

Para o autarca, e após o TAFM "ter dado razão aos CTT", não se pode fazer mais nada do que criar melhores condições físicas para o atendimento da população, principalmente a mais idosa, que precisa de se deslocar para levantar as suas reformas.

Na vila do sul distrito de Bragança o tema do encerramento dos Correios é o mote para muitas conversas.

"É uma vergonha aquilo que fizeram com a população. O encerramento dos Correios criou muitos transtornos. Trata-se de uma pouca-vergonha para com o interior. Estávamos habituados em ir às estações dos CTT, onde havia privacidade, mas agora, fazem-se registo de documentos confidenciais no meio de um jogo das rasgadinha ou do euro milhões. Assim não pode ser e perde-se muito tempo", disse o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Flor.

O também funcionário da Santa Casa da Misericórdia local observou que há pessoas idosas que pretendem levantar as suas reformas e não conseguem, porque o local é longe do centro da vila e estão na fila "muito tempo".

"Temos idosos que chegam à Misericórdia para lhe trocarmos os vales da reforma, porque, dizem, não têm privacidade no novo local onde funcionam os correios e têm de estar muito tempo à espera e de pé", enfatizou.

Já Carina Ferreira, delegada empresarial numa empresa espanhola com representarão em Vila Flor, refere que tem mais de 120 de clientes e que trabalha "muito com os serviços dos CTT" para a distribuição dos seus produtos.

"O encerramento dos CTT vai-me levar a um processo de reorganização do negócio. Vou ter de repensar melhor a estratégia para o meu negócio, para perceber até que o ponto ele continuará a ser viável", frisou.

José Figueiredo, reformado, garante que só para renovar o apartado dos correios está a ver-se "atrapalhado" e não sabe "o que fazer".

"Este local fica muito distante e para quem não tem carro, vai ser muito difícil", enfatizou.

A população de Vila Flor, à semelhança de outras no Nordeste Transmontano, é unânime, afirmando que, com a retirada destes serviços públicos, o interior do país vai desaparecendo.

FYP // MSP
Lusa/fim

Promessa de Rock Transmontano lança primeiro Single

Raiva Rosa é o nome da mais recente banda rock português em terras transmontanas. Com bastante talento e com pouco mais de 3 meses de existência, já criaram o seu primeiro sigle intitulado homonimamente.
O lançamento do single contou com um videoclip, com a particularidade de ter sido realizado por Guilherme Costa, transmontano que neste momento vive no Algarve, e que se deslocou por um dia a cidade de Bragança para realizar as filmagens.

A banda Raiva Rosa é constituída por João Sousa, vocalista e guitarrista, André Almeida na guitarra, Simão Reis na bateria e Heitor Peixoto no baixo. As suas historia de vida acabam um pouco por ser retratadas nas musicas, musicas estas que se enquadram no estilo rock e alternativa, sendo João Sousa ex-barman do Hard Rock Café do Porto e Heitor Peixoto Professor no Conservatório de Bragança.

Este projeto não tem só uma sonoridade única mas também um grande objetivo, a esperança no sucesso do Rock Português em Trás-os-Montes e a nível nacional.


Rui Jorge Coelho

in:diariodetrasosmontes.com

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Apresentação do "Guia Arte Pública"

A arte como instrumento de inclusão social – é este o mote do programa Arte Pública Fundação EDP.

Orientado para territórios de baixa densidade populacional em todo o País, este projeto visa o acesso à arte e o envolvimento da população em novas experiências culturais, bem como estimular o desenvolvimento local através da realização de obras de arte pública em meios rurais.

Com curadoria da Fundação EDP, os artistas são convidados a desenvolver um processo de colaboração com as populações locais, motivando-as a participar em assembleias comunitárias para discussão das propostas de intervenção artística a realizar em espaço público (fachadas de edifícios, muros, posto de transformação da EDP Distribuição, etc.)

O projeto prevê parcerias com instituições oficiais e coletividades locais ligadas às artes. Estes parceiros são convidados a colaborar desde a fase inicial dos projetos à sua concretização, com o objetivo de apoiarem também a dinamização e divulgação dos roteiros de arte pública criados a nível local.

"O programa Arte Pública Fundação EDP visa ocupar a rua com uma arte pensada e feita em comum, colaborativa e directa sem ser simples, com intencionalidade social, animando as comunidades que a acolhem, integrando um circuito público directo, fazendo parte integrante da paisagem de um lugar, uma arte comum a esse lugar", detalha João Pinharanda, curado desta iniciativa.

Iniciado em 2015, o projeto está já presente em 40 localidades - no Algarve, Alentejo, Ribatejo, Médio-Tejo e Trás-os-Montes e Alto Douro. Em 2019, estende-se a Braga, no Minho, e ao Fundão, em Castelo Branco.

Xana, Alexandre Farto aka Vhils, Luís Silveirinha, Manuel João Vieira, Mariana A Miserável e Menau são alguns dos mais de 35 artistas que assinam as 79 intervenções realizadas no terreno.

Concluído o projeto em cada núcleo, a Fundação EDP publica um roteiro com o mapa das intervenções realizadas e respetivos artistas. Estes roteiros são oferecidos às entidades locais como uma ferramenta para estas potenciarem a divulgação deste seu novo património de arte pública. Todos os roteiros são também disponibilizados no site da Fundação EDP, para download livre.

A apresentação do "Guia Arte Pública" será no dia 17 pelas 17h00 no Salão Nobre da Câmara Municipal.

CM de Miranda do Douro

CORRIDA NOTURNA À GEADA - VINHAIS

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM DE MIRANDA DO DOURO – 2019

O Município de Miranda do Douro iniciou a quarta edição do Orçamento Participativo Jovem, onde a participação dos jovens na construção de uma sociedade mais ativa passa igualmente pelo processo de governação local, nomeadamente pela sua intervenção ao nível dos instrumentos financeiros.

O Orçamento Participativo Jovem 2019 é um mecanismo de democracia participativa que permite aos jovens decidirem sobre uma parte do orçamento municipal, potenciando a participação de todos os jovens na vida da comunidade local.

Se tens uma ideia para o teu Concelho? PARTICIPA!

Consulte o regulamento em cm-mdouro.pt

XVII ENCONTRO DE CANTADORES DE REIS 2019 - VINHAIS

Exposição “Máscaras do Ritual da festa dos Rapazes Aveleda- Bragança” e “Nunca é tarde”

VI Encontro de Máscaras | 2018 - MOGADOURO

XI Encontro de Cantares dos Reis - MOGADOURO

Reclusos causam distúrbios na Prisão de Izeda por falta de tabaco

Os reclusos do Estabelecimento Prisional de Izeda, concelho de Bragança, causaram distúrbios depois do almoço.
Segundo o presidente do sindicato nacional do corpo da guarda prisional, Jorge Alves, os reclusos recusaram-se a regressar às celas após a refeição e incendiaram caixotes do lixo. “Durante o almoço, os reclusos ameaçaram que não se iam deixar fechar nas celas, e no primeiro pavilhão da ala B acabaram por pegar fogo a alguns caixotes do lixo, no entanto, o encerramento aconteceu normalmente às 12h45. Os guardas tiveram de levar os reclusos um a um para as suas alas”, relatou.

A situação está agora controlada, mas estão a ser chamados os guardas prisionais de folga para reforçar a segurança.  “A direcção do EP contactou todos os guardas de folga e de férias para irem para o estabelecimento prisional porque os reclusos ameaçaram de tarde que não se iam deixar fechar agora ao final do dia”, destacou.

Os incidentes ocorrem numa altura que os guardas prisionais estão em greve para exigir a revisão do estatuto, actualização da tabela remuneratória, criação de novas categorias, um novo subsídio de turno, alteração dos horários de trabalho e novas admissões.

No entanto Jorge Alves afirma que a falta de tabaco pode ter sido a causa dos distúrbios. “A greve é aproveitada para justificar para justificar tudo e mais alguma coisa. Agora queixam-se e que não têm tabaco”, explicou.

Contactada a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, garantiu à Brigantia que “os reclusos regressaram às celas, após o almoço, sem recurso à força ou à utilização de meios coercivos” e  “desmente, em absoluto, que se tenham verificado quaisquer incidentes no Estabelecimento Prisional de Izeda”

“A única ocorrência anómala, verificada até ao presente momento no Estabelecimento Prisional de Izeda foi a de alguns papéis que foram queimados dentro de um caixote do lixo, situação imediatamente sanada”, assegura em esclarecimento enviado por email. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

Vencer Autismo - “Entender Autismo”

A Associação Vencer Autismo traz a Macedo de Cavaleiros a palestra “Entender Autismo”. O evento, que decorre a 8 de janeiro de 2019, destina-se ao público em geral, com especial interesse para profissionais, pais e familiares de crianças com perturbações do Espetro do Autismo.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória e pode ser feita AQUI.

Regras aplicáveis aos espaços de Jogo e Recreio

O Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros acolhe, a 3 de janeiro de 2019, uma sessão de esclarecimento da ASAE sobre "As regras aplicáveis aos espaços de jogo e recreio".
A sessão destina-se aos municípios, juntas de freguesia, IPSS e outras entidades responsáveis por espaços de jogo e recreio.
As inscrições devem ser feitas até ao dia 2 de janeiro para o email: comunicacao@cim-ttm.pt

Festa de Santo Estevão - SAMIL

Pista de Gelo bate recordes de utilizadores

A pista de Gelo da «Terra Natal e de Sonhos», em Bragança bateu recorde de utilizadores. O aumento é de cerca de 20%, relativo ao ano passado, números revelados pelo município.
O crescimento significativo de patinadores deve-se a um maior número de turistas espanhóis que escolhem visitar aquele espaço, como destaca Hernâni Dias, presidente da câmara municipal de Bragança.

“Eu considero que se tem notado claramente mais espanhóis na cidade, mas também há muitas pessoas que vêm de outros pontos do país. Sabendo da iniciativa faz com que as venham visitar a «Terra Natal e de Sonhos». Há outros factores que concorrem para esta situação que estão relacionados como é o facto de não haver iniciativas destas na região. Estando a iniciativa na sua 5 ª edição, também é mais conhecida e divulgada”, adiantou Hernâni Dias.

Para os mais pequenos é um momento divertido: “Gostei de andar porque é muito divertido” disse Rita Santos de 4 anos.

“Gosto de patinar e divertir-me na pista de gelo”, contou Andres Sanchez Parra, de 6 anos.

Mas a pista de gelo não é só para os mais pequenos, também os adultos aproveitam.

“Sim venho sempre à pista de gelo. Venho a Bragança passar o natal porque a minha família é de cá e venho sempre”, revelou Victor Pereira.

“Sou de Cabo Verde, estou em Bragança há três anos e venho sempre andar na pista de gelo. É um clima de natal que é sempre bom”, destacou Kevin Almeida.

“Esta iniciativa é sempre boa e atrai pessoas ao centro. Até tive bastante pena da transferência do mercado para outro sítio porque era um chamariz para o centro da cidade. A cidade precisa de pessoas no centro da cidade e de comércio. Estas actividades são óptimas e atraem muita gente, já ouvi muitos espanhóis”, contou Filipe Santos do Porto de visita à cidade.

A Terra Natal e de Sonhos vai decorrer até ao dia 6 de Janeiro. As entradas revertem para os Bombeiros Voluntários de Bragança e de Izeda.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas

Município de Macedo vai homenagear serviço e profissionais do INEM no próximo feriado municipal

As medalhas de mérito municipal entregues pelo município de Macedo de Cavaleiros vão ser este ano dedicadas ao serviço e profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Além de homenagear as quatro vítimas que perderam a vida no acidente do helicóptero sediado em Macedo de Cavaleiros no passado dia 15, será também condecorado o médico Filipe Serralva e ainda o próprio INEM como instituição.

Uma forma de enaltecer um serviço que presta uma ação nobre para a população, como refere o presidente da câmara, Benjamim Rodrigues:

“Penso que deveríamos enaltecer o INEM e os elementos que desenvolvem uma atividade de ação nobre de ajuda ao próximo, neste caso, à população transmontana.

Independentemente do trágico acidente que aconteceu no dia 15, tínhamos já comunicado ao dr. Serralva que tinham intenção de o condecorar no próximo ano. No entanto, achamos por bem acrescentar os elementos que foram vítima do acidente. “

Filipe Serralva, natural de Penafiel, é médico do INEM em Macedo de Cavaleiros desde que o serviço iniciou na cidade, há oito anos e meio, e diz-se contente com esta homenagem:

“Fico muito contente e sei que, tal como eu, todos os elementos que trabalham no heli de Macedo de Cavaleiros também ficam, porque é um reconhecimento pelas pessoas e pelo serviço que fazemos. O nosso trabalho é dedicado e com muito espírito de missão.

Acho que é justo e fico muito contente.”

O médico, que desde há seis meses é também diretor do Serviço de Urgência de Guimarães, fez parte de várias missões de salvamento a serviço do heli do INEM de Macedo de Cavaleiros e foi ainda uma das vozes ativas na permanência do helicóptero na cidade.

Para ele, este é um serviço fundamental numa região de fracas acessibilidades:

“Sem dúvida.

O Nordeste Transmontano tem muitas dificuldades em termos de assistência à população. Basta referir que o Hospital de Bragança fica num dos extremos do distrito e a população dos concelhos mais longínquos, como Torre de Moncorvo, Sendim, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, demoram, em alguns casos, uma hora e meia, ou mais, de ambulância para chegar.

As acessibilidades do Nordeste Transmontano são muito más e o helicóptero consegue ultrapassar essas dificuldades. É uma mais-valia e uma forma de aproximar as pessoas aos estabelecimentos de saúde, especialmente àqueles que têm unidades diferenciadas.

O helicóptero do INEM é uma maneira de se encurtarem espaços e garantir que não hajam portugueses de primeira e de segunda.”

Também o INEM se congratula com esta distinção, e numa nota enviada à Onda Livre referiu que “mais do que a homenagem ao INEM, que muito nos honra, associamo-nos à homenagem aos quatro profissionais que ao serviço do INEM e do país perderam as suas vidas. A Daniela, o Vega, o Luís e o João engrandeceram e dignificaram o trabalho do INEM e serão sempre, seguramente, referências para todos os profissionais que se dedicam à emergência médica.”

As medalhas de mérito vão ser entregues no dia 29 de junho, feriado municipal em Macedo de Cavaleiros.

Também a CIM Terras de Trás-os-Montes aprovou, por unanimidade, no passado dia 20, um voto de pesar pelo falecimento dos quatro profissionais que perderam a vida no acidente com o helicóptero do INEM sediado em Macedo de Cavaleiros, apresentando condolências à família, amigos e colegas das vítimas.

Escrito por ONDA LIVRE