terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cooperativa Agrícola de Macedo regista melhor ano de azeite de sempre

A Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros registou em 2017 a melhor campanha de azeite de sempre.
Apesar da seca que antevia um ano de fraca azeitona, os resultados surpreenderam pela positiva, tanto em quantidade como qualidade, como refere Luís Rodrigues, presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo.

“É um ano excepcional. Enquanto que há uns meses toda a gente previa que ia haver um decréscimo de produção, veio-se a verificar exatamente o contrario. Nós já batemos todos os recordes, principalmente de azeite, este ano o rendimento foi melhor e isso veio a bater o último recorde que tínhamos de azeite. A nível da quantidade de azeitona, estamos muito próximos de atingir o máximo registado, o que acho que vai acabar mesmo por acontecer. Foi um ano atípico, a azeitona acabou por ficar na oliveira numa altura em que pensávamos que iria cair,  o que foi bom para os agricultores e para a cooperativa.

A seca foi terrível e os bons resultados são um efeito da natureza que não se consegue explicar muito bem, o que foi ótimo pois as quantidades de azeite obtido foram superiores, assim como a quantidade de azeitona e a qualidade.”

Até agora a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros soma 5 milhões e 100 mil quilos de azeitona e mais de 1 milhão de litros de azeite.

Um cenário optimista que se verifica um pouco por todo o país.

A nível nacional estima-se que a produção venha a atingir as 140 mil toneladas de azeitona, o que bate todos os recordes desde a década de 60. Quem o diz Patrícia Falcão, Secretária-Geral da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas e Olivicultores (FENAZEITES).

“Penso que é esta vai ser a campanha que vai pulverizar todos os nossos recordes de produção desde os anos 60, esperam-se à volta de 140 mil toneladas de azeitona e, portanto, para Portugal é um valor histórico.

Desde os anos 60 que não havia nada que se parecesse com esta produçãp, a azeitona rendeu mais e não caiu tanto.

Acho que o português tem por hábito ser um pouco pessimista e preferimos pensar que vai acontecer o pior possível. Prevenimos-nos sempre, o que também é uma prova de sabedoria e faz com que se trabalhe para o melhor e nos contentemos com o que vem.

Neste momento o que vem felizmente é bom, desde os anos 60 é o melhor ano de sempre, garantidamente o melhor ano do século XXI.”

Números que são maioritariamente da responsabilidade do maior produtor nacional, o Alentejo, e que podem fazer com que a cota transmontana volte a descer em percentual, avançam ainda a secretária-Geral da FENAZEITES.

“É provável que a representatividade transmontana vá baixar pois este ano houve um aumento exponencial da produção no Alentejo, o que se vai refletir no total nacional e, como tal, é possível que estes 16% desçam para os 12% ou 13%.

Se a produção alentejana continuar a ser muito superior comparativamente à transmontana, o percentual vai sempre descendo.”

No total, estima-se que o aumento da produção nacional ande na ordem dos 30 %, o que para Francisco Silva, Secretário-geral da Confagri, representa uma mais-valia para o aumento do interesse dos mercados internacionais.

“A produção cresceu significativamente, os números que foram divulgados há pouco tempo dizem que a produção vai subir 30 %, o que é bom pois dá-nos possibilidade de entrar nos mercados internacionais, assim como ganhar uma maior afirmação da qualidade com um produto que é tradicional, mediterrânico, que está associado a uma alimentação equilibrada e que é cada vez mais apreciado por diversos povos do mundo.”

A produção de azeite a superar espectativas e a bater recordes num ano agrícola fustigado pela seca.

Escrito por ONDA LIVRE

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