quinta-feira, 14 de junho de 2018

Bloco quer saber como vai ser assegurada Pedopsiquiatria no distrito de Bragança

O Bloco de Esquerda (BE) divulgou hoje que questionou o Governo sobre como vai ser assegurada a continuidade da Pedopsiquiatria no distrito de Bragança depois de, como noticiou a Lusa, a única especialistas se reformar.
As perguntas dirigidas, na Assembleia da República, por escrito ao Ministério da Saúde surgem depois da única pedopsiquiatra que presta serviço há 23 anos ter revelado que vai aposentar-se e que a especialidade ficará a descoberto no Nordeste Transmontano, obrigando crianças e jovens a deslocações a Vila Real e ao Porto.

O BE defende que "esta situação carece de esclarecimento, intervenção e resolução urgentes", já que não se perspetiva, de acordo com o partido, a substituição da médica que, no ano de 2017, assegurou quase 1.500 consultas, de crianças e jovens dos 12 concelhos do distrito de Bragança, correspondentes à área de intervenção da Unidade Local de saúde (ULS) do Nordeste.

O partido sublinha que o "atendimento encontra-se em risco", apontando que "o fim destas consultas deixa ficar desamparadas centenas de crianças e jovens que deixarão de ter resposta no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito de Bragança".

"O Bloco de Esquerda considera fundamental que esta situação seja devidamente analisada, tendo em vista uma solução plausível para dar resposta pública a todos estes utentes", defende na exposição feita ao Ministério da Saúde, na qual pergunta se a tutela tem conhecimento da situação.

O partido quer saber "que medidas foram/estão a ser desencadeadas pela ULS do Nordeste para assegurar a continuidade do atendimento em pedopsiquiatra" e "como vai ser assegurado o atendimento no âmbito do SNS dos utentes que eram acompanhados em pedopsiquiatria".

O BE pretende também que se esclareça se, "além da pedopsiquiatra, há outros profissionais (psicólogos, assistentes sociais, etc.) a acompanhar este atendimento" e "quantos são, qual a sua formação e o seu vínculo contratual".

Agência Lusa

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