terça-feira, 17 de julho de 2018

Encontro Regional das Comissões de Protecção de Menores em Vinhais

Violência doméstica, neglicência, direito à educação são os principais problemas que as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens registam.
São 70 mil crianças a nível nacional acompanhadas pelas comissões, números foram avançados ontem, durante o 9º Encontro Regional da zona norte que aconteceu, ontem, em Vinhais. Os números mantêm-se relativamente ao ano passado, garante Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens.

“Os números não têm grandes alterações, de um ano para o outro e continuam a rondar os 70 mil jovens que são acompanhados pelas CPCJ nacionais. As problemáticas são muito semelhantes em todo o território como negligência, exposição à violência doméstica e o direito à educação, em jovens dos 15 aos 21 anos, devido ao facto de muitos jovens não lhes é permitido o direito à educação, como casos de abandono escolar ou de anos seguidos de reprovação, depois das escolas terem realizado todos os esforços para manter os alunos e mais tarde são acompanhados pelas CPCJ”, disse Rosário Farmhouse.

No encontro, foi salientada a falta de recursos: “prendem-se com alguma dificuldade de conhecimento por parte das entidades com competência em matéria de infância e juventude e do seu papel fundamental, no sistema de promoção e de protecção e depois com alguma falta de recursos por parte das entidades. As entidades não têm recursos suficientes ou o tempo devido que seria o ideal para que as CPCJ funcionem”, acrescentou a presidente da Comissão Nacional.

São verificados casos em que não são avaliadas situações de risco ou avaliações precoces, destaca a presidente da comissão nacional.

“Acima de tudo muitas vezes as entidades não têm a noção do seu papel e ou não estão atentas o suficiente, perante crianças que já apresentam comportamentos que podem vir a ser de risco, ou que podem vir a ser comportamentos de perigo e não actuam enquanto é tempo. Ou não se apercebem e a situação chega ao perigo”, denuncia Rosário Farmhouse.

Em Vinhais, são cerca de 50 crianças que são acompanhadas pela CPCJ e a principal problemática é a sinalização de crianças e jovens por exposição à violência doméstica.

Escrito por Brigantia
Maria João Canadas

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