quarta-feira, 11 de julho de 2018

Júlia Rodrigues espera que lixo seja retirado do Cachão até ao final do ano

A retirada do lixo do complexo agro-industrial do Cachão deverá acontecer até ao final do ano.
A convicção é da presidente do Município de Mirandela. Júlia Rodrigues reconheceu que esperava “que o processo fosse mais rápido”, mas afirma que foi necessário “ultrapassar alguns processos burocráticos”, como tomar posse administrativa dos diferentes armazéns onde se encontra depositado o plástico prensado e outros resíduos. “Havia processos burocráticos ainda por resolver, porque o lixo encontra-se em três locais distintos, com propriedades diferentes”, destacou. Foi necessário seguir um processo de posse administrativa e em breve vai ser aberto um concurso. “Esperamos ter o processo todo concluído, de retirada, transporte e queima ou depósito em aterro, dependendo do lixo, até ao final do ano, com toda a certeza”, adiantou a autarca.

A presidente da câmara de Mirandela, município que com Vila Flor são accionistas da AIN – a Agro-Industrial do Nordeste, explica que foi lançado um concurso para seleccionar uma empresa que retire os resíduos, antevendo-se uma operação complicada, devido à perigosidade de alguns resíduos.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, garante que a primeira parcela dos 270 mil euros do Fundo Ambiental destinada a financiar a operação já foi transferida

“Da parte do ministério, fizemos tudo o que tínhamos a fazer, não somos os donos da obra, mas foi me dito que estaria muito para breve a remoção desses resíduos”, referiu.

Perante a situação, o PSD de Mirandela acusa a presidente do Município de estar a falhar redondamente no cumprimento da retirada do lixo do complexo do Cachão, anunciada como a grande prioridade do executivo liderado por Júlia Rodrigues.

O líder da concelhia laranja, Paulo Pinto, lembra que a autarca socialista tinha prometido resolver o assunto em 100 dias, mas já passaram nove meses e nada avançou. “O que nos preocupa não são os 100 dias, mas já lá vão 9 meses. Por que é que a câmara municipal ainda não fez a transladação deste lixo nauseabundo que continua a afligir a população do Cachão?”, questiona o social-democrata.

As cerca de 40 mil toneladas de resíduos queimados do complexo agro-industrial do Cachão resultaram de incêndios em Setembro de 2013 e em Fevereiro de 2016, em edifícios que armazenavam plástico prensado e outros materiais.

Até ao final do ano espera-se que a operação de retirada do lixo esteja concluída. 

Escrito por Brigantia /Terra Quente (CIR)
Olga Telo Cordeiro

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