sábado, 7 de julho de 2018

Marcelo promete levar corpo diplomático a Bragança

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje levar o corpo diplomático a Bragança, com o pretexto de visitar o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, a pintora que homenageou na cidade transmontana.
O centro que é um marco cultural em Bragança, comemora dez anos e "ainda bem que existe", segundo o Presidente pois "talvez seja possível encontrar um bom argumento" para levar a este território transmontano os embaixadores acreditados em Portugal.

Marcelo referiu que tem levado o corpo diplomático a visitar vários pontos do país e agora deixou a promessa para Bragança: "veremos como e quando".

O chefe de Estado elogiou a obra da pintora transmontana que é a "madrinha" do centro de arte, realçando a "natureza comunitária" da mesma, "não apenas porque traduz as suas raízes, mas porque ela continua a sofrer com toda a humanidade, de forma predominantemente angustiada, mas muitas vezes esperançosa".

"Eu devo dizer que sou feliz porque acordo todos os dias e o primeiro quadro que vejo é uma obra de Graça Morais. Está em frente da minha cama, pequenina, é um retrato de uma jovem que é mais esperançosa que angustiada e, portanto, começo bem o dia e uma parte do meu otimismo, embora realista, se deve a esse retrato da Graça Morais e não tenciono retirar de onde está", partilhou o presidente.

O Centro de Arte Contemporânea tem mostrado a obra da artista e nas comemorações dos dez anos inaugura justamente uma nova exposição com cerca de 80 inéditos.

Ao longo desta década, têm passado por Bragança grandes nomes nacionais e estrangeiros, paralelamente a várias atividades, sobretudo destinadas a crianças.

O centro funciona num edifício histórico reabilitado pelo arquiteto Souto Moura e toda a dinâmica deu origem a outros projetos como o Laboratório de Artes de Montanha, que foi formalizado hoje e vai dedicar-se a observar e documentar a obra de Graça Morais.

A ideia foi impulsionada pelo ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, que esteve também presente em Bragança, indicando que este projeto "vai criar um novo foco de emprego científico" que permitirá a investigadores e estudantes do politécnico de Bragança estudar a obra da pintora.

O projeto foi apresentado como pioneiro no país e junta várias entidades, nomeadamente Câmara de Bragança, Instituto Politécnico de Bragança, Centro de Arte Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade Nova de Lisboa, Instituto da História da Arte e apoio da Fundação da Ciência e Tecnologia, além da própria Graça Morais.

O presidente da República está hoje em Bragança, onde vai ainda inaugurar o Centro de Acolhimento Empresarial das Cantarias e visitar a Santa Casa da Misericórdia de Bragança.

HFI // ZO
Lusa/fim

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