segunda-feira, 16 de julho de 2018

Nem a chuva, nem o vento, estragaram a festa do Careto AirShow

A ameaça de mau tempo, à mistura com chuva e vento, podia ter estragado o maior festival aéreo transmontano, mas só veio contribuir para arrefecer o calor dos motores e refrescar o ânimo dos milhares de visitantes.
A terceira edição do Careto AirShow distinguiu-se das anteriores pelo facto de ser Vintage, conseguindo transportar os presentes a 7 e 8 de julho no Aeródromo Municipal numa viagem ao passado.

Outra das novidades foi o Road-In que, no solo, chamou a si as atenções com dezenas de carros clássicos e motos antigas a conquistaram o foco de muitos que vieram para olhar os céus, mas foram surpreendidos com aquilo que se passava em terra.

A verdade é que foram os aviões, as suas acrobacias e os espetáculos aéreos a dominarem o foco das seis mil pessoas que, apesar da chuva e do vento, não deram certamente o tempo como perdido nesta edição de 2018 do Careto AirShow Vintage.

“A meteorologia acabou por influenciar de forma negativa o festival, pois alguns aviões não vieram já que não conseguiram descolar das suas bases para Bragança e esse foi o grande problema”, admitiu o presidente do Aero Clube, contabilizando em cerca de 30 aviões que, devido ao tempo, acabaram por não se juntar ao 86 que marcaram presença no Careto AirShow.

Mas não foi só os aviões que o tempo afastou da capital de distrito. Das milhares de pessoas que estavam no aeródromo, muitas começaram a dispersar a meio da tarde de sábado quando S. Pedro se fez notar. “Depois de almoço, tivemos aqui muita gente, enquanto o tempo estava bom, depois começou o tempo a ficar mais complicado e as pessoas acabaram por sair, mesmo assim, ainda ficaram por aqui, pelo menos, 1500 pessoas”, frisou Nuno Fernandes que apressou o programa com a certeza que a chuva e o vento iriam acabar por limitar a própria agenda do festival como, por exemplo, o combate de aviões que acabaria por ficar sem efeito. No entanto, o responsável não quis terminar sem ressalvar que, apesar das condições meteorológicas adversas, “a festa não deixou de existir” como, de resto, foi possível comprovar por todos aqueles que visitaram o aeródromo durante o fim de semana. Nuno Fernandes acrescenta, ainda, que “o festival é para manter, não sabemos se com a versão vintage, já que todos os anos temos uma versão diferente, mas com toda a certeza que em 2019 teremos algo diferente”, prometendo “muitas novidades” para a quarta edição como, de resto, já tem vindo a habituar os brigantinos e todos aqueles que, por esta altura, viajam até Trás-os-Montes, seja de carro, mota ou de avião.

Mas nem só de aviões viveu o Careto AirShow, Paraquedismo, provas de aeromodelismo, voos solidários e batismos. Já em terra, dentro do hangar, o simulador de voo ajudou a converter os mais céticos em autênticos aficionados e mesmo os mais novos não foram esquecidos com jogos aeronáuticos e, inclusive, um espaço de diversão infantil com insufláveis.

De sublinhar, ainda, que na sua visita a Bragança o presidente da República, já em modo de partida, foi surpreendido na pista do aeródromo pela organização com a chegada ao solo de quatro Caretos Paraquedistas, uma figura tradicional transmontana incontornável que proporciona ao Festival Aéreo um elemento diferenciador e cuja aparição e queda mesmo à frente de Marcelo Rebelo de Sousa muito o deliciou pelo rasgado sorriso, apreço e carinho que demonstrou. E foram mais umas dezenas de selfies antes da partida, naquele que foi um momento único que todos os presentes tão cedo não irão esquecer, fazendo deste um dos pontos altos da terceira edição do festival aéreo brigantino.

Para terminar, resta dizer que o Careto AirShow Vintage foi uma iniciativa do Aero Clube de Bragança, organizada em conjunto com o município e que contou, também, com a colaboração do Nordeste Automóvel Clube e do Gentlemens Rider’s Bragança.

GALERIA FOTOGRÁFICA.

Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com

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