quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Nordeste Transmontano exige novas ferrovias

Comunidade Intermunicipal pretende recuperar linhas férreas do Sabor e do Tua.
Antiga Estação Ferroviária de Bragança foi transformada numa central de camionagem, com esplanada incluída
O Nordeste Transmontano está praticamente sem transportes ferroviários. 
As linhas férreas do Sabor e do Tua, que atravessam o distrito de Bragança, estão ao abandono e a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes exige que estas duas ferrovias sejam recuperadas para fins turísticos e comerciais – intenção que foi já transmitida à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
"Nesta recuperação há um duplo conceito: transformar os antigos canais ferroviários em ciclovias ou linhas ferroviárias viradas para o turismo, o que ao mesmo tempo é uma forma de revitalizar estes equipamentos e criar uma nova oferta turística", explicou Artur Nunes, presidente da Comunidade Intermunicipal.
Os percursos do Sabor e do Tua estão num elevado estado de degradação. As estações estão em ruínas, os carris estão levantados, o material de apoio foi destruído e os azulejos foram arrancados. Apenas algumas estações, como são os casos de Bragança e Mirandela, foram nos últimos anos recuperadas. 
O presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes acredita que a recuperação das linhas do Sabor e do Tua pode trazer outra "pujança" económica ao distrito de Bragança.
Diversas entidades de cooperação transfronteiriça reclamaram já uma ligação ferroviária que ligue Zamora, Espanha, ao Porto de Leixões, para potenciar a indústria do turismo e o transporte de mercadorias. "Não é preciso um comboio de alta velocidade, mas uma ferrovia que aproxime territórios, populações de aldeias, vilas e cidades", vincou Artur Nunes, considerando que tem existido um desinvestimento por parte do Governo e que espera que a nova ferrovia conste do plano nacional.

Ana Isabel Fonseca
Correio da Manhã

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